Publicado em 22/12/2017 18h03

Cotações do trigo em Chicago se recuperaram neste semana

Já no Mercosul, a tonelada FOB para exportação se manteve entre US$ 180,00 e US$ 200,00 na compra
Por: Ceema / Unijui

As cotações do trigo em Chicago se recuperaram neste semana e fecharam a quinta-feira (21) em US$ 4,27/bushel, contra US$ 3,95 uma semana antes.

A melhor performance das exportações de trigo por parte dos EUA, graças a um dólar mais fraco, além de um clima que vem comprometendo as lavouras do cereal naquele país, foram os elementos centrais desta recuperação de preços durante a semana.

Já no Mercosul, a tonelada FOB para exportação se manteve entre US$ 180,00 e US$ 200,00 na compra.

No Brasil, os preços pemaneceram estáveis, com o balcão gaúcho fechando a semana em R$ 30,30/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 36,00/saco. No Paraná os lotes se mantiveram entre R$ 40,20 e R$ 41,40/saco, enquanto o balcão girou entre R$ 32,00 e R$ 34,00/saco. Em Santa Catarina, na região de Campos Novos, os lotes ficaram em R$ 35,40/saco, enquanto o balcão, na média do Estado, girou entre R$ 31,00 e R$ 32,00/saco.

A comercialização interna de trigo continua lenta, apesar de o câmbio encarecer um pouco mais a importação nestas últimas semanas. Todavia, o mercado sabe que a oferta da Argentina será grande, com o vizinho país tendo colhido 58% de sua área até o início desta semana. A produção total argentina deverá atingir a 17 milhões de toneladas, com disponibilidade de exportação ao redor de 11 milhões.

Em tal contexto, uma alta nos preços nacionais do trigo, especialmente do cereal de qualidade superior, somente será possível se o Real se desvalorizar ainda mais, tornando menos competitivo o trigo importado.

Entretanto, até meados de janeiro não se espera grandes mudanças no cenário nacional do trigo devido ao recesso de final de ano, além do problema de logística em função do início da colheita de verão no país.

Dito isso, existe um viés de alta, puxado pela falta de produto de qualidade superior no mercado interno brasileiro. Além disso, a pressão da elevada oferta internacional poderá ser contrabalançada pelo câmbio no Brasil, o qual tende a oscilar bastante em 2018 devido as incertezas eleitorais que viveremos. Porém, este viés de alta não é uma garantia, na medida em que, se o governo conseguir manter o câmbio nos níveis de R$ 3,10 a R$ 3,20, a partir da aprovação da Reforma da Previdência em fevereiro, mesmo que desidratada, os preços internos tendem a recuar pelo aumento da competitividade do produto importado.