Gigantes chinesas negociam fusão
Publicado em 04/07/2018 18h21

Gigantes chinesas negociam fusão

A previsão é de que a fusão garanta um faturamento anual acima de US$ 100 bilhões
Por: Leonardo Gottems | Agrolink

O grupo estatal chinês Sinochem Group e a ChemChina se unirão para criar uma nova empresa, de acordo com informações do portal Agropages.  A intenção dos dois grupos é formar a maior empresa de produtos químicos industriais do mundo, avaliada em cerca de US$ 120 bilhões. 

Segundo as informações, a decisão foi anunciada para os colaboradores em uma reunião no último sábado (30.06) à tarde. Com isso, o grupo trabalharia através de unidades que abrangem sementes para o comércio de minério de ferro até o petróleo, liderando o setor da agroindústria mundial. 

A previsão é de que a fusão garanta um faturamento anual acima de US$ 100 bilhões. Durante a reunião, o fundador da CheamChina, Ren Jianxin, anunciou sua aposentadoria e será substituído pelo presidente da Sinochem, Ning Gaoning, o que foi confirmado após a entrega de um comunicado para funcionários do Comitê de Supervisão e Administração de Ativos do Estado (Sasac na sigla em inglês). 

Apesar da união já estar sendo noticiada e especulada desde 2016, quando a Financial Times afirmou que ambas as empresas estavam se preparando internamente para integrar suas operações. As duas companhias e os reguladores chineses já haviam negado o boato desde a ocasião, quando a ChemChina analisou as revisões regulatórias de sua aquisição da Syngenta, no valor de US$ 44 bilhões a fim de ampliar seu portfólio global relacionado ao setor de pesticidas, herbicidas, fertilizantes e sementes. 

A compra foi concluída no ano passado e precipitou as negociações para a junção das duas gigantes chinesas. O objetivo era de utilizar o balanço mais robusto da Sinochem para ajudar a financiar o negócio, porém, especialistas analisam que se a fusão doméstica ter sido concluída enquanto a aquisição da Syngenta estava em andamento, isso pode ter provocado revisões regulatórias mais rigorosas por causa do tamanho e da participação de mercado que a empresa teria, o que dificultaria a fusão das duas. 

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