O presidente da Argentina, Maurício Macri, anunciou na terça-feira (03.07) que não fará alterações no esquema de redução dos impostos de exportação sobre a soja e nem implantará as chamadas retenciones sobre outras culturas. O anúncio ocorreu em uma reunião com as entidades de gabinete na Casa Rosada.
Assim que assumiu como presidente, Macri havia declarado suspensão das retenciones em milho, trigo, girassol, carne e economias regionais. De acordo com Carlos Iannizzotto, presidente da Confederacion Intercooperativa Agropecuária Limitada (Coninagro), desde janeiro as tarifas de exportação de soja estão sendo reduzidas em 0,5% ao mês e já têm uma taxa de 27%.
“Ele ratificou que não haverá variações nas retenções, ele continuará como está (o esquema de redução). Não se espera que avance (com retenções) em outros cereais. Ele reconheceu que a situação em algumas economias regionais é delicada", disse o presidente da Coninagro.
Segundo Daniel Pelegrina, presidente da Sociedad Rural Argentina (SRA), Macri deu um sinal claro de que o setor continuará apostando em alternativas que rendam uma maior produção. “É uma ratificação que não há mudanças e tudo continua como está (devido ao esquema para reduzir as retenções), nenhum país tira competitividade do setor exportador", comenta.
Na próxima terça-feira (10.07), depois tratar sobre questões de logística e transporte, Macri tem uma reunião marcada com o setor de laticínios. Iannizzotto afirma que essas reuniões fazem parte do plano do presidente argentino para valorizar a produção agrícola do país, feito no âmbito da chamada Tabela de Competitividade.