De acordo com o diretor de Marketing da Santa Clara Agrociência, Marcelo Rolim, existe hoje um “ambiente propício” para a entrada de novas tecnologias na cadeia de produção agrícola brasileira. A empresa fechou uma parceria com a Embrapa para o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos nos próximos três anos.
“A intensificação das lavouras, com a existência de grandes áreas contínuas de plantio, associada ao aumento da produtividade e uso de insumos, e ao dinamismo da agricultura tropical (alteração do complexo de pragas/doenças/plantas invasoras, desenvolvimento de resistência, perda de eficiência e limitação das moléculas disponíveis), gera um ambiente que busca constantemente por novas alternativas de manejo das culturas. O crescimento do conhecimento e consciência ambiental também tornam o segmento mais aberto para tecnologias mais sustentáveis, para a adoção do manejo integrado e mesmo de biocontroles”, disse ele em entrevista ao Portal Global CropProtection.
Segundo Rolim, para aproveitar essa janela de oportunidade a empresa realizou um trabalho bem estruturado de desenvolvimento e validação dos produtos, com a instalação de uma rede de testes ampla e um funil eficiente para a aprovação de soluções comprovadas: “Usamos essas informações para a apresentação e divulgação das tecnologias da empresa, passando tranquilidade e confiança para os usuários e influenciadores”.
“Também conduzimos diversos campos demonstrativos em todas as regiões onde atuamos, gerando a experimentação do agricultor com as novas tecnologias e confiabilidade para sua adoção. Tecnologias bem posicionadas e de resultados consistentes são facilmente adotadas após essas ações”, explica.
O diretor da Santa Clara explica que a parceria com a Embrapa busca desenvolver novas tecnologias de origem natural com efeito de bioproteção das plantas contra pragas e doenças, e que possam se viabilizar como alternativas eficientes para o manejo das lavouras comerciais. “Nesse projeto será feita a investigação de organismos e moléculas com efeito de biocontrole, e desenvolvida a tecnologia para sua produção em larga escala e formulação apta ao uso agrícola. O resultado será a geração de tecnologia nacional, capaz de oferecer uma nova opção de manejo para todos os agricultores, tanto na visão de sua rentabilidade financeira, como também nos impactos ambientais e sociais da condução de sua atividade”, conclui.
