Como os valor da Bolsa de Chicago e do dólar inalterados, o preço da soja seguiu o caminho contrário do que se esperava e registrou um aumento nesse meio de semana. De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, citando informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o dólar, mesmo inalterado, incorporou a alta do dia anterior.
“A rigor o mercado deveria permanecer inalterado, mas o que aconteceu foi que o dólar permaneceu no mesmo patamar incorporando a alta do dia anterior, quando teve aumento de 1,95%, e isto ajudou a aumentar os preços nos portos em 2,05%, elevando-os para R$ 93,40/saca e em 1,56% no interior, elevando os preços pagos pelas indústrias para R$ 86,73/saca, segundo pesquisa desta terça-feira (04.09) do Cepea”, informa.
No entanto, ele afirma que a atividade foi pequena, movida principalmente pela reunião da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que visa o aumento de 5% na tabela do preço mínimo para o transporte rodoviário de cargas, devido à alta de 13% do diesel. Assim, os produtores permanecem aguardando o interessa das empresas para fecharem negócios.
Além disso, Pacheco cita o risco climático da safra norte-americana, que pode resultar em um aumento a procura da soja brasileira por parte da China. Segundo ele, estamos chegando em um ponto em que o Brasil não vai ter mais soja para exportar
“Os sojicultores brasileiros acompanham de perto o risco climático para a safra norte-americana, que já diminuiu bastante com agosto, mês mais crítico para definição de rendimento, perto do fim. As previsões para os próximos dias são favoráveis. As primeiras áreas plantadas no cinturão devem ser colhidas nas próximas semanas, mas os trabalhos de campo só devem ganhar força da metade de setembro em diante”, comenta.