Publicado em 12/11/2018 08h46

Combate ao inimigo número 1

Severidade da doença tem variado muito em função das condições climáticas
Por: Agrolink

Com a expectativa de início da safra de soja, é impossível o produtor não se questionar sobre o comportamento da principal doença da cultura: A ferrugem asiática. Avassaladora desde que chegou ao Brasil, a preocupação tem sido maior a cada ano, já que as mutações do fungo têm gerado resistência aos principais grupos químicos de fungicidas utilizados no seu manejo. A severidade da doença tem variado muito em função das condições climáticas, tanto que o ciclo 2017/2018 registrou o maior número de casos da ferrugem nos últimos sete anos, com 641 pontos de contaminação.

Para a safra 2018/2019 as notícias não são diferentes. Institutos de meteorologia do Brasil e do mundo já trabalham com até 80% de chances de uma configuração de El Niño no segundo semestre deste ano, então será preciso avaliar bem o momento de plantar, pois será a diferença entre o sucesso e o fracasso da lavoura. “Podemos ter uma pressão maior em algumas regiões, principalmente no Sudoeste Goiano ou no Sul de Goiás, pois houveram precipitações de chuvas na entressafra que não ocorreram no ano passado e pode favorecer o surgimento de inóculos no início da safra”, comenta Marcelo Rodacki, gerente de Desenvolvimento de Mercado da BASF. Além disso, cidades de Mato Grosso têm ocorrências de plantas guaxas, o que podem estar contaminadas com o fungo e aumentar o problema. 

Além do vazio sanitário, que encerrou agora em setembro, outras ferramentas devem ser utilizadas para mitigar os efeitos da ferrugem na lucratividade do sojicultor. Priorizar o plantio antecipado, com variedades de ciclo precoce e geneticamente mais tolerante, é o primeiro passo. No manejo químico, a recomendação é realizar aplicações de fungicida de forma preventiva, com produtos de diferentes mecanismos de ação e grupos químicos, sempre associados a fungicidas multissítios, como protetor das moléculas ativas, em intervalos regulares conforme a indicação da bula. O FRAC (Fungicide Resistance Action Committee) determina que o manejo com produtos à base de Carboxamida não ultrapassem duas aplicações em todo o ciclo, sempre de forma preventiva.

Rodacki reforça que o portfólio da BASF traz soluções para todas as etapas da cultura. “Para o final da fase vegetativa e início da fase reprodutiva, oferecemos o fungicida Orkestra® SC, que possui duplo mecanismo de ação, contendo os grupos químicos Estrobilurina e Carboxamida, e é a alternativa para a primeira aplicação em função da alta seletividade e desempenho sobre um amplo espectro de doenças. Após 15 dias, nossa recomendação é a aplicação do fungicida Ativum®. Por ter um triplo modo de ação e três grupos químicos distintos (Estrobilurina + Triazol + Carboxamida), a solução proporciona um controle efetivo nas diferentes fases de desenvolvimento da doença. Ambos os fungicidas devem estar associados ao fungicida Status®, como ferramenta que vai auxiliar na proteção das moléculas especificas e no manejo de resistência da doença.” Quando há o aparecimento dos primeiros esporos, a solução da empresa é o fungicida Versatilis®, que tem como ingrediente ativo o fenpropimorfe, de um novo grupo químico (Morfolina), que atua como mais uma ferramenta para o manejo de resistência, além de oferecer facilidade e flexibilidade de aplicação nas diferentes fases da cultura de soja.