Publicado em 14/01/2019 11h33

Desempenho do frango nas duas primeiras semanas de 2019

Frango vivo comercializado no interior paulista completou as duas primeiras semanas de 2019
Por: Avisite

O frango vivo comercializado no interior paulista completou as duas primeiras semanas de 2019 (1 a 12, dez dias de negócios) enfrentando duas baixas que reduziram seu preço em 15 centavos e rebaixaram sua cotação para R$2,75/kg, Essa, porém, continuou sendo uma cotação referencial, correspondente ao valor máximo pago pelo produto. Pois, com as ofertas excedendo a demanda do período (situação típica de todo início de ano, mas que vem ocorrendo desde o último bimestre de 2018, quando integrações passaram a destinar ao mercado de aves vivas produto originalmente abatido internamente), grande parte dos negócios ainda é efetivada com descontos que, por ora, chegam a 30 centavos. 

 

Em outras palavras, algumas das vendas até agora efetivadas vêm sendo remuneradas à razão de R$2,45/kg, valor quase 10% inferior ao registrado nos primeiros dias do ano passado. Por seu turno, o frango abatido, embora em processo de queda em comparação aos valores alcançados no início do ano, encerra as duas primeiras semanas de 2019 (8 dias de negócios) com um valor médio cerca de 30% superior ao registrado em idêntico período de 2018.

 

Nominalmente, esse é o melhor resultado alcançado pelo produto em todos os tempos. Aliás, pela primeira vez na história o setor inicia novo exercício alcançando valor médio superior a R$4,00/kg (média do período: R$4,06/kg).

O feito não se deve a uma excepcional melhora de mercado, mas, aparentemente, a uma estratégia das empresas que abastecem esse mercado, os frigoríficos. Que passaram a regular a oferta do produto conforme as condições de demanda. Daí, por exemplo, o excepcional aumento da oferta de aves vivas no mercado independente (porém, também há no mercado de aves vivas produto proveniente de frigoríficos impossibilitados de abater toda a produção própria).

 

À primeira vista, a maior parte do setor atinge, no momento, uma autossuficiência de produção que possibilita recorrer bem menos ao mercado de aves vivas. E sob esse aspecto, paira grande interrogação quanto à viabilidade de sobrevivência dos produtores independentes de frango de corte do interior paulista.