Publicado em 05/02/2019 11h28

Soja está novamente em queda no Brasil

Baixaram os prêmios oferecidos pela soja brasileira nos portos
Por: Leonardo Gottems - Agrolink

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea, os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (04.02) com preços médios da soja sobre rodas nos portos do país caindo 0,38%, para R$ 77,02, colocando as perdas dos dois dias úteis do mês em 0,08%. “Os preços da soja estão novamente em queda, embora não mais acentuada, porque a queda até aqui foi grande”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

As causas foram, segundo o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, as quedas nos prêmios oferecidos pela soja brasileira nos portos: “Quatro cents para março, seis para abril, nove para maio e 12 cents para julho; junho permaneceu inalterado. Elas suplantaram as leves altas de 0,29% no dólar e 0,14% nas cotações de Chicago”.

Já no mercado interno a queda foi de 0,18% em função das quedas dos preços do farelo e do óleo de soja no mercado interno. “O farelo enfrenta a concorrência do milho que está sendo colhido e o óleo a queda dos preços dos combustíveis”, explica Pacheco.

FUNDAMENTOS

Chuvas expressivas foram observadas neste último fim de semana sobre regiões que sofriam com a seca sobre Goiás, oeste da Bahia, sul de Minas Gerais e centro do Tocantins, aponta a Consultoria AgResource: “Boa parte destas áreas ainda possuíam soja-verão em estágios de reprodução, sendo beneficiadas pela adição de umidade no solo. Para os próximos 5 dias, o padrão climático traz a volta da intensificação e regularização das precipitações”. 

“Índices pluviométricos entre 25-50mm são projetados para cobrir todo o Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, MATOPIBA e leste do Mato Grosso do Sul, até o dia 9 de fevereiro. Esta rodada adicional de água vem em boa hora para a recuperação parcial da capacidade produtiva à nível nacional. Vale lembrar que perdas já foram contabilizadas, porém estas chuvas de começo de fevereiro irão limitar novos prejuízos”, concluem os analistas da ARC Mercosul.