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Publicado em 06/02/2019 08h58

Agricultura urbana pode ser alternativa para produção

A FAO acredita que o investimento em produção de pequena escala é "mais urgente".
Por: Leonardo Gottems | Agrolink

Com a agricultura intensiva sendo cada vez mais criticada e com a demanda por alimentos orgânicos aumentando a cada dia, a agricultura urbana surge como alternativa para a produção de alimentos. Foi isso que afirmou um artigo recente que foi publicado no The Guardian, por Fiona Harvey. 

“A agricultura urbana pode fornecer alimentos, ou pelo menos alguns produtos frescos, eficientemente para densas populações sem emissões de gases de efeito estufa e a perda de nutrientes associados ao transporte por longas distâncias. A agricultura urbana já produz cerca de um quinto da comida do mundo”, comenta ela. 

De acordo com a publicação, atualmente, somente em Londres, existem mais de 3.000 planos de agricultura urbana. “Estes carregam um eco dos ‘jardins comerciais’ e dos laticínios da era vitoriana, quando pequenas fazendas de hortaliças estavam localizadas dentro ou perto das cidades e as vacas eram mantidas em lugares verdes nas cidades para obter leite fresco”, comenta. 

“As vacas do Hyde Park, que distribuíam leite fresco para os londrinos, foram um espetáculo familiar até a Primeira Guerra Mundial; em um futuro próximo, procure os descolados que bebem milkshakes das fazendas subterrâneas de Shoreditch”, completa. 

Segundo Ronald Vargas, funcionário de solo e terra da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), os pequenos agricultores serão a chave para a transição para uma agricultura “mais saudável”. A FAO acredita que o investimento em produção de pequena escala é "mais urgente, seguro e promissor para combater a fome e a desnutrição, minimizando o impacto ambiental da agricultura".

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