Outro assunto debatido foi a aprovação de uma resolução para apoiar a Venezuela no combate e na erradicação da febre aftosa (Foto: Thais D'Avila/Secom SC)
A formação de um banco de vacinas contra febre aftosa foi um dos temas debatidos pelo setor pecuário da América Latina durante a 46ª Reunião da Comissão Sul-Americana para a Luta contra Febre Aftosa (Cosalfa).
Como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou, em nota, a criação do Banco de Vacinas e Antígenos (Banvaco) de abrangência multinacional foi proposta pelo Centro Pan-Americano Febre Aftosa (Panaftosa) em 2017. Segundo o assessor técnico da CNA, Ricardo Nissen, o Banvaco vai auxiliar os países, em casos de emergência sanitária, com estoques da vacina.
A reunião da Cosalfa ocorreu nos dias 2 e 3 de maio, em Cartagena, Colômbia. O consultor técnico da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Luiz Alberto Pitta Pinheiro, acrescentou, ainda, que se pensava que apenas o Brasil tinha manifestado interesse em aderir ao Banvaco. "Mas na reunião da Cosalfa fomos informados que Canadá e Estados Unidos também já tinham demonstrado interesse, por isso é importante o Panaftosa informar a situação do banco", disse.
Outro assunto debatido foi a aprovação de uma resolução para apoiar a Venezuela no combate e na erradicação da febre aftosa. "Ficou decidido que os setores privados vão se organizar para comprar 8 milhões de doses de vacina para imunizar os rebanhos venezuelanos", comentou Nissen, da CNA. "O Brasil está preocupado com essa questão, uma vez que os Estados de Roraima e Amazonas, recentemente declarados livres de aftosa com vacinação, fazem fronteira com a Venezuela."
A Venezuela é o único país sul-americano que ainda não tem sob controle a febre aftosa. A Colômbia controlou os focos primários e busca a recuperação do status de livre de aftosa, com vacinação.