Publicado em 22/08/2019 10h59

Universidade da Austrália quer testar microalga OGM

O OGTR está preparando um Plano de Avaliação de Risco e Gerenciamento de Risco para a aplicação
Por: Leonardo Gottems - Agrolink

O Escritório do Regulador de Gene Tecnologia (OGTR) da Austrália recebeu um pedido de licença (DIR 169) da Universidade de Queensland para realizar um teste de microalga geneticamente modificada (OGM) ( Nannochloropsis oceanica ) com aumento da produção de ácidos graxos.  O ensaio está proposto para ocorrer por um período total de até um ano, entre 2019 e 2022. 

Ele ocorreria em um local de planta piloto, com microalgas cultivadas em até seis tanques (600 litros de volume de cultivo cada). O local do estudo está localizado na área do governo local da cidade de Brisbane, em Queensland. Estaria sujeito a medidas de controle que restringem a propagação e a persistência das microalgas OGM e seu material genético introduzido, sendo que a microalga OGM não seria usada para alimentação humana ou animal. 

O OGTR está preparando um Plano de Avaliação de Risco e Gerenciamento de Risco para a aplicação. Espera-se que este documento seja divulgado para comentários públicos e conselhos de especialistas, agências e autoridades no final de outubro de 2019. Haverá pelo menos 30 dias para o envio de comentários. Nesse caso, o país seria um dos poucos a cultivarem algas geneticamente modificadas. 

Desde 1998 o Brasil adota organismos geneticamente modificados na agricultura. Soja, milho, algodão e, mais recentemente, cana-de-açúcar são as culturas transgênicas plantadas no País. A combinação da biotecnologia com a agricultura será fundamental para que o Brasil cumpra o compromisso de reduzir em 43% a emissão de gases de efeito estufa até 2030, conforme foi assumido na Conferência das Nações Unidas.