Publicado em 18/09/2019 11h43

Petróleo e melhora na lavoura derrubam soja

Fundos de gestão ativa reduziram exposição na carteira de commodities, com a volatilidade elevada
Por: Leonardo Gottems - Agrolink

O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na terça-feira (17.09) baixa de 6,25 pontos no contrato de Novembro/19, fechando em US$ 9,9375 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 6,25 e 6,50 pontos.

Os principais contratos futuros tiveram uma sessão de baixa no mercado norte-americano da soja, com queda do petróleo e ausência de danos nas lavouras. “Retrocesso nos preços do petróleo e ausência de deterioração nos cultivos de soja nos EUA impuseram ajustes negativos nos preços dos grãos. A manutenção dos percentuais de lavouras em condição boa/excelente pelo USDA, no seu relatório do dia anterior, reduziu a possibilidade de que tenha lugar um ajuste maior sobre as projeções de produção”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, os preços das commodities energéticas entraram em correção desde a sessão noturna, arrastando os principais futuros agrícolas: “Fundos de gestão ativa reduziram a exposição na carteira de commodities, com a volatilidade elevada dos recentes dias. O petróleo perdeu quase US$4,00/barril, devolvendo grande parte da alta de ontem. Oficiais da Arábia Saudita sugeriram que a oferta de óleo saudita irá voltar ao normal em 2-3 semanas, bem antes do que o esperado”. 

“Nos fundamentos básicos do mercado, o USDA atualizou suas estimativas de safra norte-americana. As condições totais foram reduzidas para a soja e levemente elevadas para o milho. Entretanto, a novidade não causou nenhum impacto aos preços. A especulação hoje se vê de mãos atadas à demanda, que continua enfraquecida. Nenhuma forte novidade foi notada para continuar alimentando os ‘altistas’ do mercado”, concluem os analistas da ARC Mercosul.