Publicado em 09/10/2019 16h36

Frango, ovo, milho e inflação em setembro

E os três perdem de forma visível, pois o preço registrado pelo frango se encontra quase 180 pontos percentuais aquém da inflação
Por: Avisite

Uma vez que permanece com a cotação inalterada há três meses, ultimamente o frango vivo vem registrando evolução real de preços negativa, situação que, na prática, se estende aos últimos 12 meses, já que a variação registrada, de 3,45%, está menos de meio ponto percentual acima dos 3% de inflação (aqui, medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas).

Já o ovo, como vem ocorrendo mês sim mês não desde março passado, voltou a perder preço em relação ao mês anterior (neste caso, algo próximo dos 5%), mas permaneceu com um preço médio 19% superior ao de setembro de 2018.

O milho, por seu turno, registrou desempenho inverso ao do ovo, já que em um mês experimentou valorização de pouco mais de 2%, enquanto em 12 meses registra queda de quase 9%.

Ficou para o final a comparação dos três produtos com a inflação acumulada no período de vigência do atual padrão monetário brasileiro, o Real. E os três perdem de forma visível, pois o preço ora registrado pelo frango – embora 5,5 vezes maior que em 1994 - se encontra quase 180 pontos percentuais aquém da inflação.

O milho registra, no momento, evolução de preços ligeiramente menor que a do frango vivo, pois aumentou pouco mais de 5,1 vezes em relação a 1994. Mas permanece mais de 200 pontos abaixo da inflação.

Pior, nos últimos tempos, tem sido a história do ovo. Pois seu preço mais recente ficou quase 370 pontos percentuais da inflação. Tudo porque o preço médio alcançado em setembro aumentou não mais que 3,6 vezes em relação ao momento de implantação do Real, meados de 1994.

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