Pesquisadores da Universidade de Princeton encontraram evidências de que outros metais podem facilitar a fixação de nitrogênio quando o molibdênio é escasso, sugerindo que o processo pode ser mais resistente do que se pensava anteriormente, de acordo com um estudo publicado no Proceedings of a Academia Nacional de Ciências. Trabalhando em um trecho de floresta boreal de 600 quilômetros no Canadá, os pesquisadores descobriram que a fixação de nitrogênio na escala do ecossistema também pode ser catalisada pelo vanádio metálico, particularmente nas regiões do norte com pouca quantidade de nitrogênio natural.
"Este trabalho faz uma importante revisão de nossa compreensão de como os micronutrientes controlam o estado e a fertilidade do nitrogênio no ecossistema", disse o principal autor Xinning Zhang, professor assistente de geociências e Instituto Ambiental de Princeton.
O principal autor, Romain Darnajoux, associado de pesquisa de pós-doutorado no grupo de pesquisa de Zhang, explicou que os resultados validam uma hipótese de longa data na comunidade científica de que existem variantes metálicas diferentes da nitrogenase para que os organismos possam lidar com a situação de alterações na disponibilidade de metais. Os pesquisadores descobriram que a fixação de nitrogênio à base de vanádio só era substantiva quando os níveis ambientais de molibdênio eram baixos.
"Parece que a natureza desenvolveu métodos de apoio para manter a fertilidade do ecossistema quando o ambiente é variável", disse Darnajoux. “Cada etapa do ciclo do nitrogênio envolve uma enzima que requer metais particulares para funcionar. Molibdênio e ferro são tipicamente o foco de estudos científicos porque são considerados essenciais na enzima nitrogênio fixadora de nitrogênio. No entanto, também existe uma nitrogenase à base de vanádio, mas infelizmente a contribuição do nitrogênio por esta enzima foi amplamente ignorada”, conclui.
