A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 7.162.750 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana. O número representa um aumento de 100.311 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 31 de outubro. Os dados da FAO foram atualizados até a última quinta-feira (14). Os dados da organização divergem das estimativas de mercado por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.
O aumento se deve principalmente ao número de suínos descartados no Vietnã, que passou de 5,7 milhões para 5,8 milhões de suínos eliminados. O país tem a pior condição em termos de número de animais levados ao abate sanitário. Segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do país, a epidemia atingiu 63 províncias desde o relato da doença, em 19 de fevereiro.
A FAO informou ainda que oito novos focos da doença foram detectados no continente. Dos novos casos, três foram verificados na Coreia do Sul, três no Vietnã e dois na China. Com a atualização, a FAO estima 595 focos da doença espalhados pela Ásia, ante 587 do relatório anterior.
A China tem a situação mais crítica em termos de extensão, com 163 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde a identificação da doença 1,192 milhão de animais foram eliminados. Na semana, dois novos casos da doença foram detectados na província de Yunnan e no município de Chongqing, que levaram ao descarte de 286 animais.
No levantamento desta terça, a FAO incluiu também a identificação de três novos focos da doença na Coreia do Sul, que levou à eliminação de 25 suínos. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que, desde que a doença foi notificada, três cidades foram atingidas, com 39 focos detectados e 54,1 mil animais eliminados.
Nos demais países afetados, Coreia do Norte, Filipinas, Mongólia, Camboja, Mianmar, Laos e Timor Leste, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. No Laos, um novo foco foi identificado na província de Sainyabuli. Desde a detecção da epidemia, em 20 de junho, 165 focos foram relatados em 18 províncias e 39 mil animais foram eliminados. Nas Filipinas, 70 mil animais foram descartados e 24 focos em nove províncias e em uma cidade foram identificados, desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso.
Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso, detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3,115 mil animais, mais de 10% do plantel do país. No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2,85 mil animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado em 23 de maio, o que levou à eliminação de 77 animais. Em Mianmar, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo, em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos e já levou ao abate sanitário de 163 animais. No Timor Leste, desde que o primeiro caso foi confirmado, em 27 de setembro, 100 focos foram identificados e 405 animais, sacrificados.