Em meados de dezembro, os produtores latino-americanos de banana se reuniram nas instalações da Corporação Nacional de Banana da Costa Rica (Corbana) para analisar as possíveis consequências que o novo regulamento da União Europeia sobre limites máximos de resíduos de pesticidas em produtos agrícolas importados poderia ter sobre as exportações e empregos.
Participaram da reunião, entre outras, associações de produtores de banana da Costa Rica, Guatemala, Colômbia e Equador, bem como comerciantes, organizações internacionais e representantes do governo da Costa Rica, que se comprometeram a reverter essa situação. Eles também assinaram um documento conjunto que entregarão a seus respectivos governos para que, por sua vez, possam canalizar sua preocupação para a União Europeia.
A legislação da UE baseia-se no Regulamento REACH, que administra o registro, avaliação, autorização e restrições de substâncias. A UE iniciou um processo para revisar os insumos de pesticidas usados pelo setor agrícola no controle de pragas. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), 26 a 40% da produção agrícola mundial é perdida anualmente devido a ervas daninhas, pragas e doenças e esses números podem dobrar se as possibilidades de proteger as culturas forem reduzidas.
Em outubro, a Associação dos Produtores de Banana Europeia (APEB) aproveitou para fazer uma série de exigências à Comissão Europeia em defesa da banana da Europa. A associação procura assegurar a sobrevivência da produção de banana na Madeira, Ilhas Canárias, Guadalupe e Martinica.
