Publicado em 20/02/2020 10h57

Manejo de madeira pode ser rentável

Deve haver uma redução de 64% na oferta até 2030
Por: Leonardo Gottems - Agrolink

Investir em árvores e no manejo de madeira pode ser um negócio rentável para os proprietários de terras, já que une sustentabilidade, impacto social e retorno financeiro em longo prazo. De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), atualmente, no Brasil são extraídos 11 milhões de metros cúbicos de madeira tropical oriunda de florestas naturais. 

A rentabilidade se dá pelo fato de que SFB prevê uma redução de 64% da oferta até 2030, sendo que neste mesmo período a demanda deve quadruplicar, chegando a 21 milhões de metros cúbicos ao ano. Além disso, o Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), que desenvolve material genético para produção de madeiras nobres, informa que haverá a diminuição de áreas privadas para produção e extração de madeiras devido a pressões na Amazônia. 

“Essas espécies (Mogno Africano, Teca e Jequitibá Rosa) têm um ciclo, para produção comercial, de 18 a 20 anos e madeira de excelente qualidade com ótima aceitação no mercado e valores bastante elevados para a venda, trazendo grandes retornos financeiros aos investidores”, explica o CEO da Forte Florestal, Felipe Passos. 

“O impacto principal do plantio de florestas comerciais é abastecer o mercado com madeira de qualidade e inibir a extração ilegal de madeira das florestas nativas, além, é claro, dos impactos diretos que ocorrem no solo, nas águas e, principalmente, no ar”, afirma Passos, lembrando que o mercado de créditos de carbono ainda terá novidades ao longo de 2020. 

Nesse cenário, a empresa indica que é preciso o investidor apostar em todas as etapas do manejo. “Executamos todas as etapas do plantio para o cliente como: limpeza da área, preparo do solo, produção das mudas, plantio, replantio e manutenção da floresta ao longo do ciclo da madeira”, conta o CEO, para a revista A Lavoura.