Uma forte demanda de autoridades públicas, profissionais da agricultura e da sociedade em geral, em toda a Europa, estimulou a pesquisa colaborativa para acelerar a transição agroecológica e muitos institutos europeus buscam alternativas para trocar os pesticidas químicos por biológicos. Para enfrentar um desafio dessa magnitude, uma declaração conjunta visa repensar a maneira como a pesquisa é realizada e desenvolver novas estratégias comuns.
Esta declaração foi assinada em 23 de fevereiro por 24 organizações de pesquisa de 16 países europeus. Esse empreendimento considerado sem precedentes reuniu a comunidade europeia de pesquisadores em torno dessa “ambiciosa visão de uma agricultura livre de produtos químicos”.
Por quase 18 meses, o Institut national de la recherche agronomique (INRAE) e seus parceiros alemães do Centro Leibniz de Pesquisa de Paisagem Agrícola (ZALF) e do Centro Federal de Pesquisa Federal para Plantas Cultivadas (JKI) vêm construindo um diálogo entre pesquisadores e partes interessadas europeias com o objetivo de estabelecer um estratégia de pesquisa. As medidas anunciadas envolvem vários setores, como agricultura, alimentação e meio ambiente, com o objetivo de desenvolver uma agricultura sustentável e produzir alimentos saudáveis, mantendo sistemas agropecuários produtivos e economicamente sólidos.
Através de sua rede, as 24 organizações signatárias já criaram vários caminhos comuns de pesquisa, como o estabelecimento de um melhor uso dos princípios agroecológicos para desenvolver sistemas de produção resistentes a doenças, explorando o alto potencial de seleção de plantas, desenvolvendo o uso de novas tecnologias e agro- equipamentos e compreensão das alavancas e obstáculos da transição socioeconômica, entre outros.
