Veio de Israel o anúncio mais esperado dos últimos tempos: a descoberta do anticorpo para o controle do coronavírus. O anúncio foi feito nesta terça-feira (05.05) pelo Instituto de Israel para a Investigação Biotecnológica, ligado ao Ministério da Defesa daquele país, que afirmou estar preparando a patente da molécula para iniciar a produção em escala comercial.
“De acordo com os investigadores do instituto, encabeçados pelo professor Shmuel Shapiro, a fase de desenvolvimento do anticorpo foi finalizada”, disse o Instituto em comunicado. De acordo com a nota, o centro de investigação assegura que a fracção de globulina que foi desenvolvida ataca e neutraliza o vírus já nas pessoas infectas e doentes.
De acordo com o ministro da Defesa de Israel, Naftali Benet, o “anticorpo ataca o vírus de forma monoclonal”. Após visitar a sede do laboratório, em Nezz Ziona (sul de Tel Aviv) ele qualificou o trabalho desenvolvido como “uma grande conquista”, e disse estar “orgulhoso por este grande avanço”. O Instituto para a Investigação e Biotecnologia de Israel dedica-se, entre outros campos, a investigar armas químicas procurando antídotos contra novas substâncias.
Na nota oficial não foi especificado se ensaios em humanos já foram realizados, mas fontes entre altos cargos do setor da defesa e da segurança israelitas disseram à agência estatal Kan que a descoberta é a “primeira deste tipo a nível mundial”.
A superioridade dessa descoberta em relação às pesquisas à procura de uma vacina para o vírus SARS-Cov-2 já existentes é justamente o tempo necessário para a liberação e início da produção em massa. Especialistas avisaram em março que, o processo após o desenvolvimento de uma vacina em laboratório pode demorar pelo menos 18 meses.
