Publicado em 01/06/2020 20h13

Safra registra “explosão” de pragas sugadoras

Demanda por inseticidas atingiu quase metade de toda área de milho
Por: Eliza Maliszewski | Agrolink

Com a expansão de área e produção de milho no Brasil, na safra 19/20 insetos sugadores como o percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus) e a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) demandaram maior uso de defensivos para serem combatidos. A utilização de produtos do gênero saltou de 39% para 47% dos cultivos, em um ciclo marcado pelo clima seco nas regiões produtoras 
 
Os dados são do estudo anual BIP Milho – Business Inteligence Panel, da Spark Consultoria Estratégica que detectou que o aumento na pressão de pragas sugadoras sobre a cultura do milho levou a um gasto de US$ 312 milhões em agroquímicos, uma alta de 8%. Desse montante, os inseticidas registraram participação de 20% ou US$ 63 milhões, enquanto os produtos específicos para pragas sugadoras responderam por 48% da categoria (US$ 30 milhões). 

Quase todas as regiões produtoras do grão tiveram problemas. As lavouras mais foram fortemente atingidas realizaram em média 2,1 aplicações de inseticidas. 

Na Bahia, a adoção de tratamentos chegou a quase cem por cento da área, com a fronteira agrícola fazendo média de 5,6 aplicações. A ausência de chuvas e as altas temperaturas, predominantes nas principais regiões produtoras, favoreceram a proliferação desses insetos.
 
Segundo a Spark, o crescimento de 8% do mercado total de agroquímicos para milho veio ancorado no aumento de 10% da taxa de adesão de produtores ao controle de pragas, doenças e plantas invasoras.