Publicado em 02/06/2020 21h01

INTL FCStone traz ajustes negativos para safrinha de milho

Rendimento médio nacional caiu de 5,43 para 5,34 toneladas por hectare
Por: Aline Merladete | Agrolink

Em sua estimativa de junho, a INTL FCStone trouxe ajustes negativos na produtividade da safrinha nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, mesmo após a ocorrência de chuvas na segunda quinzena de maio, com a chegada de uma frente fria. Segundo revisão divulgada nesta segunda-feira (01), a produção para a safrinha 2019/20 agora é estimada em 71,4 milhões de toneladas, um corte aproximado de 1,2 milhão de toneladas. 

O rendimento médio nacional caiu de 5,43 para 5,34 toneladas por hectare. "O clima mais favorável ao desenvolvimento do cereal em outros estados, como Mato Grosso, impediu cortes mais expressivos na produção da segunda safra de milho", pondera a INTL FCStone, em relatório.

Para a primeira safra, o grupo trouxe um leve ajuste positivo na produtividade de Minas Gerais, passando de 6,35 para 6,36 toneladas por hectare. Mesmo assim, o impacto na produção foi marginal, com a estimativa ficando em 26,2 milhões de toneladas, em linha com o número divulgado em maio. 

Com a colheita da safra 2019/20 já encerrada, a INTL FCStone manteve sua estimativa de área plantada em 4,24 milhões de hectares, enquanto a média para a produtividade nacional também permaneceu estável em 6,18 toneladas por hectare. 

Já a safra 2019/20 total de milho caiu para 98,76 milhões de toneladas, corte de 1,2% frente ao divulgado em maio, em decorrência de ajustes negativos para a safrinha. 

Essa produção total inclui as estimativas para a primeira e a segunda safras da INTL FCStone, além do número de 1,17 milhão de toneladas da Conab para a terceira safra.

Em relação à exportação, a expectativa do grupo foi mantida em 35 milhões de toneladas, volume que representa uma queda de 15% frente ao registrado em 2018/19. "Apesar da desvalorização do real em 2020, o que favorece a competitividade cereal brasileiro, a safra recorde norte-americana ainda poderá pesar sobre o volume dos embarques do Brasil", explica, em relatório.

Os impactos da pandemia sobre a demanda pelo cereal continuam sendo acompanhados, mas não houve novos cortes no número de consumo interno. Com a queda da produção brasileira, os estoques finais da safra 2019/20 foram reduzidos para 7,7 milhões de toneladas (contra 11,14 milhões de toneladas no ciclo anterior).

Com informações da assessoria.