Publicado em 04/02/2015 13h58

MG: confinamento é alternativa para engorda de bovinos no período da seca na região Norte

A implantação de grandes estruturas de confinamento para engorda de bovinos está mudando a realidade da pecuária do Norte de Minas. Nos últimos anos, cinco empreendimentos desta modalidade foram instalados na região. Estes locais são uma alternativa para aqueles pecuaristas que não têm condições de engordar os animais na própria propriedade por falta de pasto, principalmente no período da seca.
Por: Emater - MG

confinamento

“O pecuarista da região fica muito vulnerável em relação ao mercado e às condições climáticas. Com isso, ele corre o risco de não conseguir engordar o boi na propriedade e ter que vender o animal abaixo do peso ideal por um preço muito baixo. Com a existência destas estruturas de confinamento, o produtor passa ter a garantia de engordar o animal para o abate”, explica o coordenador estadual de Bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila Pires.

As estruturas de confinamento do Norte de Minas estão instaladas nos municípios de Pirapora, Buritizeiro, Itacarambi, São João do Ponte e Janaúba. Em média, cada uma delas tem a capacidade para manter cerca de 10 mil animais em regime de engorda ao mesmo tempo. Os confinamentos, geralmente, oferecem três opções ao produtor. A primeira é a venda do animal - com dois anos de idade e cerca de 14 arrobas – para ser engordado pelo confinador, que depois negocia o boi gordo diretamente com o frigorífico.

Outra modalidade é o sistema de “boitel”, uma referência a “hotel do boi”. Uma prática adotada em vários países para a engorda de bovinos em confinamento na forma de prestação de serviço. O produtor paga uma diária para cada animal confinado. Ao final do período de engorda, o pecuarista proprietário dos animais se encarrega de comercializar o boi gordo para o frigorífico de sua escolha.

Existe ainda a opção de parceria entre o dono dos animais e o confinador, que recebe bois magros para engorda. Na hora da venda para o frigorífico, a negociação pode ser feita entre as três partes. Neste sistema de parceria, o produtor lucra com a valorização da arroba do boi após a engorda.