Publicado em 05/02/2015 10h44

Técnica que utiliza adubos líquidos no sulco de plantio da soja conquista adeptos no PR e SP

A combinação de adubos líquidos à base de fósforo, potássio, ácidos húmicos, fúlvicos e extratos de algas aplicados sulco do plantio da soja está aos poucos mudando o manejo tradicional das lavouras de sojicultores brasileiros. A técnica, que já é utilizada por agricultores norteamericanos, foi trazida ao Brasil pela empresa Nutriceler por meio do Projeto Pioneiros, e está apresentando bons resultados desde a safra 2013/2014.
Por: Agrolink com informações de assessoria


Para comprovar a eficiência do sistema, a Nutriceler, em parceria com a Belagrícola, reuniu um time de experientes agricultores paulistas e paranaenses. A praticidade logística da aplicação no plantio, realizado por meio de plantadeiras adaptadas com tanques, e a tecnologia inovadora empregada nos produtos chamaram a atenção de agricultores e, principalmente, de profissionais do setor. De acordo com o coordenador de Alta Tecnologia e Nutrição da Belagrícola de Itapeva (SP), Juliano Ribeiro Duarte, em todas as áreas que foram realizados testes, os resultados positivos foram significativos. “Estamos otimistas com essa nova tecnologia”, afirma.
 
Juliano explica que a combinação dos elementos e a forma como ela é disponibilizadapara a planta é um grande diferencial em relação às outras tecnologias já conhecidas no país. “Podemos dizer que não existe produto igual ao Nucleus no Brasil. É um produto diferenciado, que está superando nossas expectativas”, destaca.
 
O coordenador cita como vantagens principais do manejo a otimização do custo operacional, tendo em vista a facilidade do transporte, armazenagem e aplicação dos fertilizantes.  Além disso, Juliano ressalta também a eficiência da combinação dos nutrientes nas formulações aplicadas e a ação do fósforo em forma de ortofosfato. “A linha Nucleus apresenta um poder de nutrição muito superior. O Nucleus Ophos, por ser o fósforo em forma de ortofosfato, possui alto nível de absorção pela planta, o que beneficia muito o arranque inicial da soja. O Nucleus 0-0-21 traz, além do importante aporte de potássio, em forma de tiossulfato, conta com uma porcentagem de enxofre, que é o que vai auxiliar na formação de proteínas eaminoácidos para a planta. O Maxifós completa o tratamento, com o fornecimento de ácidos húmicos, fúlvicos, algas e aminoácidos, o que favorece a formação de matéria orgânica, melhorando a retenção de água e, consequentemente, auxiliando na melhor disposição de fósforo”, explica o coordenador.
 
“Esse novo manejo certamente é uma grande quebra de paradigmas para a agriculturabrasileira. Acredito que esse é o novo caminho a se seguir. Vamos sair do universo dos bags de adubo para os galões de fertilizantes fluidos”, finaliza Juliano.
O poder do ortofosfato
O consultor técnico da Nutriceler, José Eduardo Amadeu, explica que a forma como os elementos são apresentados é o principal segredo do sucesso. O fósforo, aplicado na forma de ortofosfato, componente do fertilizante Nucleus Ophos, é um dos grandes diferenciais do novo sistema. “Quando apresentamos o fósforo na forma de ortofosfato, a planta o reconhece prontamente como alimento e sua assimilação é realizada sem a necessidade de outros processos químicos. Ou seja, é uma forma de disponibilizar alimento imediatamente para a planta”, simplifica José Eduardo.
 
A linha Nucleus conta ainda com um ingrediente especial em sua fórmula, o aditivo VBS. Este elemento, que tem sua composição guardada a sete chaves pelos laboratórios da Helena Chemical Company, é o responsável por tornar disponível para a planta o fósforo e o potássio retidos no solo, otimizando a absorção dos elementos pela planta.
 
“No Brasil, é costume trabalhar com grandes quantidades de adubos sólidos. Numaárea que pode-se facilmente utilizar mais de 400kg de adubos granulados, poderíamos ter muito mais eficiência com poucos litros de fertilizantes líquidos”, compara. “Vale lembrar que a fase inicial é muito importante para quem quer resultados superiores. Se a disponibilidade de alimento para a planta for facilitada, o arranque terá mais qualidade e isso reflete na hora da colheita. O fósforo é um elemento essencial. O ortofosfato é a melhor maneira de suprir essa demanda nutricional, finaliza”.