Publicado em 14/10/2022 07h54

Milho brasileiro pode atrair compradores de fora

No Paraguai cerca de 75% da safra já está comercializada.
Por: Leonardo Gottems

Com o milho norte-americano ficando mais caro, a tendência é de o mercado internacional se voltar para o Brasil, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Como o milho americano está US$ 54/t mais caro que o brasileiro, espera-se que a demanda internacional se volte para o Brasil daqui para frente, melhorando o escoamento da produção e os preços internos. Outubro manteve $ 50/bushel, novembro, recuou para $ 73 e dezembro manteve $ 90/bushel. O preço flat FOB do milho brasileiro fechou a US$ 300/t, nesta quinta-feira, contra US$ 354/t do milho americano e US$ 315/t do milho argentino”, comenta.

Na Argentina os prêmios sobem forte, nesta quinta-feira. “Preços FOB Up River para navios Handysize subiram para o equivalente a US$ 302 novembro e para US$ 304 dezembro. Para safra nova maio foi cotado a US$ 303 e junho não foi cotado, novamente e julho subiu para US$ 299. Mercado de Panamax cotado a US$ 306 novembro. O plantio de milho da safra 2022/23 na Argentina alcançou na última semana 16,4% da área prevista de 7,5 milhões de hectares, disse a Bolsa de Cereais de Buenos Aires nesta quinta-feira. A área esperada para esta temporada representa redução de 200 mil hectares ante o ciclo anterior. Na comparação com igual data do ano passado, o plantio está 7,7 pontos porcentuais atrasado”, completa.

No Paraguai cerca de 75% da safra já está comercializada. “Com valores voláteis durante o dia, e longe dos 245,00 U$D/MT FAS Assunção que foi observado na segunda-feira, os negócios de milho foram muito lentos. A ausência do mercado brasileiro também limita o interesse. Os vendedores estão aguardando uma reação de preço neste momento, uma vez que há um grande volume de negócios pendentes de execução, por isso muitos preferem esperar por melhores preços do que assumir novos compromissos em níveis iguais ou inferiores”, conclui.

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