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Publicado em 09/02/2024 11h06

Vai ser mais caro comer chocolate?

A elevação nos preços do cacau é atribuída a desafios na oferta proveniente dos principais produtores.
Por: Leonardo Gottems

Os preços internacionais do cacau têm experimentado um aumento constante, apresentando uma particularidade notável de 40% ao longo deste ano. Os contratos futuros da matéria-prima do chocolate mostraram-se resilientes, registando apenas 5 dias de declínio em 2024, sendo o último ocorrido em 25 de janeiro.

Desde então, presenciamos uma sequência notável de 10 incrementos consecutivos, resultando em um aumento acumulado de 26,8%. Na última quinta-feira, os contratos futuros do cacau para entrega em março atingiram uma cifra significativa de US$ 5.865,50 por tonelada em Nova York, marcando o ponto mais elevado desde junho de 1977. Esse desempenho indica nos preços reflete a robustez e a robustez persistência da tendência de alta no mercado de cacau.

A elevação nos preços do cacau é atribuída a desafios na oferta proveniente dos principais produtores, Costa do Marfim e Gana. Isso deve à redução na produção, ocasionada pela diminuição das chuvas nas regiões de cultivo de cacau, associadas às características do El Niño. Analistas ressaltam que, apesar do aumento significativo nos preços, a demanda permanece estável, sem perspectiva de queda.

Essa situação coloca em evidência a resiliência do mercado de cacau diante de adversidades climáticas e sinaliza a possibilidade de desafios contínuos na oferta, impactando os preços do chocolate globalmente. O cenário levanta questões sobre a sustentabilidade e a capacidade de adaptação da indústria chocolateira, que enfrentará pressões de custo em meio a uma demanda aparentemente inalterada. O futuro do mercado de cacau permanece incerto, com a indústria monitorando atentamente a dinâmica entre oferta e demanda em meio a um ambiente climático desafiador.

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