Publicado em 11/03/2015 13h45

Agricultoras que ocuparam fábricas chegam a Porto Alegre/RS

Intenção é se juntar a Marcha Mundial das Mulheres e participar de audiência sobre uso de agrotóxicos na AL
Por: Correio do Povo

O grupo de agricultoras do Movimento dos Sem Terra (MST) e da Via Campesina, que ocupou na madrugada desta terça-feira duas fábricas na cidade de Taquari, se deslocaram para o Centro de Porto Alegre nessa manhã. Neudicleia de Oliveira, uma das líderes do movimento, afirma que são 900 mulheres com o objetivo de chegar ao Palácio da Justiça, no Centro da Capital, para se juntar a Marcha Mundial das Mulheres. Durante a tarde, o grupo deve participar de uma audiência na Assembleia Legislativa (AL) para discutir agrotóxicos. A ação é denominada “Jornada de Março” e é contra uso de agrotóxicos na produção de alimentos.

Nessa madrugada, dezenas de mulheres impediram a saída e a entrada de funcionários das empresas Adama e Duratex, localizadas na rua Júlio de Castilhos, em Taquari. No entanto, a Brigada Militar (BM) informou que a manifestação das agricultoras foi pacífica e que não houve registro de qualquer ato de violência. A Adama é responsável por produzir produtos químicos e a Duratex fabrica madeiras.

Nesta manhã, uma das líderes do MST, a agricultora Sílvia Reis Marques, afirmou que o objetivo da manifestação é denunciar o uso de agrotóxico em alimentos. "Nós precisamos fazer a denúncia porque este veneno está matando a nossa terra, as águas e a nossa natureza", disse em entrevista à Rádio Guaíba. "Na realidade, a Adama não produz defensivos agrícolas, mas venenos que matam pessoas e a natureza", reiterou.