Um levantamento da Emater/RS-Ascar revela um cenário contrastante para as pastagens no Rio Grande do Sul. Enquanto algumas regiões se beneficiam de umidade adequada e chuvas bem distribuídas, outras enfrentam dificuldades devido à estiagem, com impactos na oferta de forragem e na capacidade de suporte dos campos.
Regiões Afetadas pela Estiagem:
- Bagé: A falta de chuvas prejudica o rebrote das pastagens anuais de verão e impede a adubação. Nos campos nativos de Lavras do Sul, São Gabriel e Bagé, a oferta de forragem está em declínio, exigindo atenção redobrada.
- Santa Rosa: A baixa umidade do solo causa murchamento e senescência das plantas em áreas drenadas, reduzindo a disponibilidade de forragem tanto em campos nativos quanto em pastagens cultivadas.
- Pelotas: Apesar de condições climáticas favoráveis em algumas áreas, a ausência de chuvas pontuais obriga os produtores a suplementar a alimentação do gado.
Regiões com Desenvolvimento Positivo:
- Erechim, Passo Fundo e Soledade: Estas regiões apresentam boas condições para o desenvolvimento das pastagens, impulsionadas por chuvas regulares e aumento das temperaturas. Em Soledade, destaca-se a alta produção de matéria seca nas forrageiras de verão.
- Frederico Westphalen: O rebrote das pastagens perenes de verão é satisfatório, apesar da presença de plantas invasoras e ataques leves de pragas como lagartas e cigarrinhas.
- Hulha Negra: Registrou-se uma boa produção de feno de trevo.
- Ijuí: Produtores aplicam fertilizantes nitrogenados após o pastejo, e a produção de feno de grama tifton apresenta alta qualidade e volume elevado.
Atenção:
- Júlio de Castilhos (Santa Maria): Observou-se uma maior incidência de cigarrinha das pastagens, exigindo atenção dos produtores.