Mato Grosso do Sul está prestes a inaugurar sua segunda usina de biometano, que será gerada a partir de resíduos do setor sucroenergético. O grupo Atvos, conhecido pela produção de etanol e açúcar em três municípios do estado, receberá nesta quarta-feira (26) durante a Expocanas, em Nova Alvorada do Sul, a Licença de Instalação de sua primeira unidade de biometano, com um investimento de R$ 350 milhões.
“Dentro do nosso programa Mato Grosso do Sul Estado Carbono Neutro, temos uma linha estratégica de descarbonização de frota, promovendo a implementação de projetos de geração de biometano. No setor sucroenergético, a Adecoagro já está nessa linha e agora a Atvos dará início à construção de sua usina de biometano”, afirma o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
Juntamente com o governador Eduardo Riedel, Jaime Verruck entregou ao CEO da Atvos, Bruno Serapião, a Licença de Instalação da fábrica de biometano da Atvos, que será erguida na unidade Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul.
Além de substituir o diesel, o biometano pode ser utilizado em aplicações industriais, substituindo o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o óleo combustível e até mesmo em usinas termelétricas. “Isso demonstra o potencial de avanço desse combustível essencial no processo de transição energética, representando uma rota tecnológica de descarbonização de frota e da produção de energia elétrica a partir do biometano”, acrescenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
“A Expocanas cresce a cada ano e, mais uma vez, abrirá os preparativos para a safra 2025/2026, reunindo autoridades, líderes e players relevantes do setor sucroenergético, além de promover discussões importantes que moldarão o futuro da bioenergia”, afirma Bruno Serapião. “No ano passado, anunciamos no evento nosso primeiro projeto de biometano e reafirmo nosso compromisso com o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, pois o estado desempenha um papel fundamental na transição energética no Brasil e no mundo”, complementa o executivo.
A primeira operação de biometano terá uma capacidade instalada de 28 milhões de metros cúbicos e utilizará subprodutos da cadeia da cana-de-açúcar, como a vinhaça e a torta de filtro, reforçando o conceito de economia circular. Aproximadamente metade da produção será destinada ao abastecimento da frota interna da companhia, substituindo o diesel e reduzindo significativamente a pegada de carbono da operação.