Mato Grosso do Sul firma sua posição como um polo de atração de investimentos com a projeção de R$105 bilhões destinados à industrialização e ao desenvolvimento sustentável. Este montante, proveniente da iniciativa privada, sinaliza uma transformação econômica para o estado, com impactos diretos no agronegócio e na geração de valor local.
Os recursos abrangem projetos estratégicos em setores como celulose, proteína animal, bioenergia e energias renováveis. A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) tem papel central na articulação e viabilização desses empreendimentos, que prometem diversificar a matriz econômica sul-mato-grossense.
A estratégia do governo estadual, conforme detalhado pelo secretário da Semadesc, Jaime Verruck, é clara: agregar valor à vasta produção primária de Mato Grosso do Sul. "Estamos falando de uma nova fase, onde o estado não apenas produz commodities, mas avança na cadeia produtiva, gerando mais empregos e renda internamente", declarou Verruck.
O setor de celulose se destaca como um dos principais vetores desse novo ciclo. Projetos de grande porte, incluindo a construção de novas plantas e a expansão das existentes, como o investimento bilionário da Arauco em Inocência, estimado em R$28 bilhões, colocam MS como um protagonista global na produção sustentável desta matéria-prima.
A agenda de desenvolvimento caminha alinhada com o compromisso de Mato Grosso do Sul em se tornar um estado Carbono Neutro até 2030. Os novos investimentos são incentivados a incorporar tecnologias limpas e processos produtivos de baixo impacto ambiental.
"A sustentabilidade não é um discurso, é uma premissa para os novos investimentos. Queremos um crescimento industrial que respeite o meio ambiente e contribua para nossas metas de descarbonização", salienta o secretário. Isso inclui o fomento à produção de bioenergia, como etanol de segunda geração e biometano, e o uso de fontes renováveis na matriz energética das novas indústrias.
A materialização desses R$105 bilhões em projetos industriais representa um impacto significativo na economia sul-mato-grossense. A expectativa é de um aumento substancial na arrecadação estadual, na geração de milhares de empregos qualificados e no fortalecimento das cadeias produtivas locais.
O setor de proteína animal, já consolidado no estado, também recebe aportes para modernização e expansão, visando atender mercados internos e externos com produtos de maior valor agregado. A produção de suínos e aves, por exemplo, ganha novas perspectivas com a integração de tecnologias sustentáveis.
Para suportar esse crescimento, o governo estadual também direciona esforços para a melhoria da infraestrutura logística. Investimentos em ferrovias, como a Malha Oeste, e hidrovias são considerados fundamentais para o escoamento da produção e a competitividade dos produtos de Mato Grosso do Sul.
O secretário Jaime Verruck aponta que o ambiente de negócios favorável, com segurança jurídica e incentivos fiscais responsáveis, tem sido determinante para atrair esses volumes de capital. A qualificação da mão de obra local também é um ponto de atenção, com programas de capacitação sendo desenvolvidos para atender à demanda das novas indústrias.
Este ciclo de investimentos coloca Mato Grosso do Sul em uma trajetória de desenvolvimento acelerado, buscando conciliar o avanço econômico com a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida da sua população. A diversificação industrial, ancorada na força do agronegócio e nos princípios da sustentabilidade, desenha um futuro promissor para o estado.
A Semadesc informa que o monitoramento contínuo desses projetos é realizado para assegurar o cumprimento dos cronogramas e dos compromissos socioambientais assumidos pelas empresas investidoras.