O Governo de Goiás, através da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), finalizou as principais ações emergenciais para conter e erradicar o foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – H5N1), detectado em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, no Sudoeste goiano. A Agrodefesa assegura que o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro para a população. O caso não envolveu granjas comerciais, afastando impactos econômicos para o setor produtivo.
O trabalho, coordenado pelo Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), contou com o apoio de diversas instituições e se concentrou em três frentes principais. No foco, as equipes da Agrodefesa eliminaram cerca de 233 aves, entre doentes e as que tiveram contato com as infectadas, e realizaram a desinfecção de todas as instalações de criação, cobrindo uma área de 22 mil metros quadrados. Os animais foram devidamente enterrados em valas sanitárias, seguindo as diretrizes do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária.
Nas zonas de vigilância, foram vistoriadas 194 propriedades em um raio de dez quilômetros do foco. As 25 propriedades mais próximas, localizadas na zona de três quilômetros da propriedade original, passaram por dois ciclos de inspeção. Adicionalmente, foram instaladas duas barreiras sanitárias, onde foram realizadas cerca de 200 abordagens para orientação e desinfecção de veículos.
A terceira frente de trabalho focou em ações de educação sanitária junto à população da região. As equipes da Agrodefesa realizaram 350 visitas domiciliares e promoveram ações em escolas, feiras e comércios, alcançando diretamente cerca de 1,3 mil pessoas com informações sobre prevenção e notificação da doença.
"Mesmo sendo um caso em aves de subsistência, sem impacto comercial direto, nossa atuação foi rigorosa, rápida e coordenada. Mostramos que o Estado está preparado para enfrentar situações como essa com eficiência e seriedade. A resposta foi proporcional ao risco, com foco em preservar nossa credibilidade sanitária e proteger a avicultura goiana", afirmou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, que coordenou a força-tarefa, destaca os resultados alcançados. "As ações de vigilância foram amplas e detalhadas, e, até o momento, não identificamos novos casos da doença nas propriedades inspecionadas. Isso é um indicativo de que o trabalho foi efetivo. Agora entramos em uma nova etapa, com o vazio sanitário na propriedade afetada e continuidade da vigilância nos arredores", explica.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, que coordenou as operações, também ressalta a mobilização da equipe técnica e a aplicação de protocolos. "Desde a primeira notificação, atuamos com precisão e estratégia. A execução foi exemplar, e conseguimos cumprir as etapas do plano de contingência com agilidade, garantindo a biosseguridade da região".
Iniciado nesta terça-feira (17/6), o período de vazio sanitário na propriedade foco terá duração mínima de 28 dias. Durante esse período, fica proibida qualquer nova criação de aves no local. As atividades de vigilância também prosseguem, com retornos das equipes a cada dois dias ao foco e semanalmente às propriedades da zona de vigilância. O Centro de Operações de Emergência será desmobilizado, e os dados coletados durante a ação passarão por avaliação técnica para orientar possíveis medidas complementares.
O trabalho da Agrodefesa contou com a colaboração de órgãos estaduais e municipais, como as prefeituras de Santo Antônio da Barra e Rio Verde, a Polícia Militar (Batalhão Rural), o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, as Secretarias de Saúde e o Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec), além da iniciativa privada.
"A união entre as instituições foi fundamental para esse resultado. Colocamos em prática um plano que já conhecíamos e agora temos a convicção de que estamos preparados. A equipe da Agrodefesa demonstrou capacidade técnica, agilidade e comprometimento. Foi uma atuação exemplar para proteger a saúde pública e a economia do Estado", reforça o presidente José Ricardo Caixeta Ramos.
O prefeito de Santo Antônio da Barra, José Cândido, destaca o papel do município. "Não esperávamos essa situação, mas o foco foi detectado aqui e enfrentamos com união. A equipe da Agrodefesa foi precisa no trabalho. A população pode ficar tranquila, pois as ações foram executadas com responsabilidade".
A população é orientada a permanecer atenta aos sinais da doença nas aves e a notificar imediatamente qualquer suspeita por meio do WhatsApp (62) 98164-1128.