A Reforma Tributária, em fase de testes e com implementação gradual até 2033, já exige atenção das empresas do agronegócio. A transição para o novo modelo, que inclui a substituição de cinco tributos pelo IVA Dual (CBS e IBS), demanda planejamento e adaptação para evitar custos desnecessários.
Renata Melloni, Diretora-Executiva de Operações (COO) da B2Finance, destaca a importância de antecipar os ajustes e utilizar a tecnologia como aliada. Segundo ela, a preparação adequada pode transformar esse momento em vantagem competitiva para o setor.
O novo modelo tributário traz mudanças relevantes com a implementação do IVA Dual, que substituirá cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por dois: CBS (Contribuição Social sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A complexidade da transição exige atenção redobrada para evitar erros na apuração dos novos tributos.
Melloni alerta que erros na apuração podem gerar penalidades, glosas de crédito e impacto direto na margem operacional e no fluxo de caixa das empresas do agro. Para evitar prejuízos, a especialista recomenda cinco passos:
A executiva reforça que o sucesso na adaptação depende da integração entre áreas como fiscal, contábil, compras e TI. A qualificação dos dados será essencial para atender às exigências do novo Ambiente Nacional de Dados, e soluções improvisadas podem aumentar o custo de conformidade e comprometer a sustentabilidade do negócio.
"Caso a empresa não esteja apta a calcular e recolher os novos tributos corretamente, haverá custos não planejados com penalidades e juros, além de perda de créditos devido a falhas na rastreabilidade fiscal e documental e o aumento do custo de conformidade, por adequações feitas em cima da hora, com soluções emergenciais e ineficientes. Além disso, caso haja erros na apuração de IBS/CBS, a empresa estará exposta a receber autos de infração. Tudo isso compromete a sustentabilidade do negócio, pois afeta diretamente a margem operacional, o fluxo de caixa e a imagem institucional", explica Melloni.
A Reforma Tributária pode ser encarada como uma oportunidade estratégica para o agronegócio. Empresas que se anteciparem às mudanças terão melhores condições de otimizar sua carga tributária, garantir segurança jurídica e sair na frente da concorrência em um ambiente regulatório cada vez mais digital e integrado.