"Brasil tem que ser pragmático", defende presidente da Farsul
Publicado em 11/09/2025 11h35

"Brasil tem que ser pragmático", defende presidente da Farsul

Em evento do Senar-RS, Gedeão Pereira, presidente da Farsul, defendeu que o agro brasileiro seja pragmático e diversifique seus mercados sem viés ideológico.
Por: Redação

O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, defendeu uma postura pragmática do agronegócio brasileiro no cenário internacional. A declaração ocorreu nesta quarta-feira (11), durante a abertura do Seminário Campo das Ideias, realizado pelo Senar-RS em Porto Alegre. Para ele, o Brasil não deve restringir parceiros por alinhamentos ideológicos.

Gedeão Pereira afirmou que o país precisa vender sua produção tanto para mercados tradicionais, como os Estados Unidos, quanto para outros, como a Rússia. “Temos grandes montanhas de grãos e carnes. Precisamos vender para os Estados Unidos, sim, mas também para a Rússia. O Brasil não pode se alinhar; o Brasil tem que ser pragmático”, declarou.

O evento, realizado no Teatro do Bourbon Country, reuniu especialistas e lideranças para debater os desafios e as oportunidades do setor. A programação contou com nomes como o ex-ministro Roberto Rodrigues, o economista Marcos Troyjo e o cientista político Fernando Schuler.

Pragmatismo sobre ideologia

O presidente da Farsul destacou que o foco do setor produtivo deve ser o desenvolvimento, e não disputas políticas. “Nos preocupa sobremaneira que ideologias contaminem o processo produtivo necessário ao desenvolvimento do povo brasileiro”, alertou.

Ao contextualizar a importância do Rio Grande do Sul para o agro nacional, Gedeão Pereira lembrou a origem de produtores que expandiram as fronteiras agrícolas pelo país. “Essa grande agricultura do Brasil é feita por este povo que um dia saiu do nosso Estado”, disse.

A posição de Gedeão Pereira reflete um movimento em curso no agronegócio brasileiro pela diversificação de mercados. O setor busca alternativas frente a tensões comerciais e à crescente demanda por alimentos em países como China, Índia e Rússia.

O posicionamento do presidente da Farsul encontra apoio entre lideranças que defendem uma diplomacia econômica focada em resultados, sem submissão a blocos políticos específicos. O Seminário Campo das Ideias se consolida como um espaço para debater as escolhas que o Brasil precisa fazer para manter seu protagonismo mundial.