O suinocultor de São Paulo vive o momento mais favorável em mais de duas décadas no que se refere à compra de farelo de soja. O insumo é um dos principais componentes da alimentação dos animais. Um levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta para uma relação de troca recorde.
Dados do centro de pesquisas mostram que, em setembro, a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas (SP) permitiu ao produtor comprar 5,57 quilos de farelo. Este é o maior volume registrado pelo Cepea desde dezembro de 2004, quando a relação atingiu o pico histórico de 6,49 quilos.
O poder de compra atual está 54% acima da média da série histórica do Cepea, iniciada em janeiro de 2004, que é de 3,62 quilos de farelo por quilo de suíno vivo. O cenário é resultado da combinação de dois fatores principais que beneficiam o produtor.
O primeiro fator é a valorização do animal. O preço médio do suíno vivo em setembro, de R$ 9,25/kg, foi o maior registrado em 2025. A firmeza nos preços de venda do animal aumenta a receita do suinocultor.
O segundo fator é a forte desvalorização do farelo de soja. Levantamentos da Equipe de Grãos do Cepea indicam que a tonelada do derivado, negociada na região de Campinas, teve média de R$ 1.660,53 em setembro.
Este valor representa uma queda de 21,7% em comparação com o preço verificado no mesmo período do ano passado, aliviando um dos principais custos de produção da atividade.
