Publicado em 18/06/2015 11h09

Comitiva vai negociar venda de café do Brasil para restaurantes dos EUA

Liberação do mercado norte-americano para a carne bovina in natura é esperada para encontro dos presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama
Por: Globo Rural

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Uma comitiva de autoridades brasileiras tentará negociar em Miami, nos Estados Unidos, a venda de cafés do Brasil para redes de restaurantes americanas, como Tim Hortons e Burger King. A delegação é comporta pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a secretária de Relações Internacionais do Ministério, Tatiana Palermo, e o presidente do Conselho Nacional do Café, deputado Silas Brasileiro.

A agenda prevê reuniões com Josh Kobza, presidente financeiro daTim Hortons, além de visitas a unidades da companhia, considerada a maior rede de cafeterias do Canadá. Segundo a nota oficial doMinistério da Agricultura, a cafeteria importa 90 mil toneladas de café e apenas um terço do volume tem origem no Brasil. Estão previstas também reuniões com o empresário brasileiro Jorge Paulo Lehmann. Ele é sócio fundador da 3G Capital, empresa de investimentos que detém capital na rede Burger King.

“Queremos aumentar, e muito, esse volume. Vamos nos encontrar com esses empresários, que têm influência na decisão de compra da cafeteria, para negociarmos. Por outro lado, eles se ofereceram para vir ao Brasil prestar assistência aos nossos produtores”, disse a ministra Kátia Abreu, de acordo com o divulgado pelo Ministério da Agricultura.

Ainda de acordo com a pasta, a visita da presidente Dilma Rousseffaos Estados Unidos, que também terá a ministra na comitiva, deve servir para uma intensificação das negociações que devem resultar na abertura do mercado norte-americano para a carne bovina. Na avaliação da ministra Kátia Abreu, o Brasil está em um “momento excepcional” de expansão de mercados internacionais.

Além da liberação da carne bovina in natura pelos Estados Unidos, o Brasil tenta a liberação do mercado japonês para o produto in natura e industrializado. A expectativa é de que uma decisão saia durante visita oficial da presidente Dilma Rousseff ao país, entre os dias 2 e 6 de julho.