Na última safra, apenas 19 focos do fungo, que atinge diretamente a soja foram registrados nas lavouras do estado. Em 2005, 246 casos foram computados pelo Consórcio.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) de MS, Christiano Bortolotto, a queda na incidência da ferrugem asiática está diretamente associada ao comportamento do produtor. “O sojicultor está cada vez mais técnico e atualizado com novas práticas agrícolas. Ele cumpre com o vazio sanitário, escolhe uma variedade precoce e faz o monitoramento periódico da lavoura”, destaca.
O vazio sanitário, intervalo em que é proibido cultivar soja no estado, entre 15 de junho a 15 de setembro, também é um dos fatores que contribui para diminuição da ferrugem, diz Bortolotto. Além disso, o zoneamento agrícola, período indicado para semear o grão entre 1º de outubro e 31 de dezembro, também têm auxiliado na redução da incidência da doença em MS.
No fim de agosto, o Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura (Mapa) já havia elencado à ferrugem asiática como uma das oito pragas que representam maior risco fitossanitário nas principais culturas agrícolas do Brasil. Uma portaria acabou sendo publicada no Diário Oficial da União para garantir prioridade no registro de produtos e tecnologias para controlar a doença.
Entre os dias 23 e 24 de setembro, os produtores poderão ampliar as ações de manejo da ferrugem asiática e demais temas relacionados às análises de vigilância fitossanitária durante o 1º Simpósio de Defesa Fitossanitária em Mato Grosso do Sul, que ocorre no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.
Saiba mais
A ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizie) conhecida como ferrugem asiática é uma das doenças de maior importância da cultura da soja na atualidade, devido ao grande potencial de perdas na produtividade causado pela desfolha precoce da planta.
