Publicado em 24/05/2016 12h41

ABPA defende câmbio próximo de R$ 3,50

Indústria de aves e suínos alega que cotação abaixo deste patamar afetaria competitividade das exportações brasileiras
Por: Globo Rural

dolar

A indústria de aves e suínos defendeu a manutenção do dólar em níveis próximos de R$ 3,50. Em nota, aAssociação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o setor, avalia que uma mudança no nível dataxa de câmbio neste momento pode afetar o desempenho das exportações.

“Com os custos de produção em níveis elevados, os exportadores vêm trabalhando com margens mais apertadas.  Uma queda no câmbio implicaria na necessidade de reposição dos preços em dólar, o que afetaria a competitividade do país no mercado internacional”, diz o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.

Turra destaca que, em algumas regiões do país, a saca de 60 quilos de milho, componente essencial para a ração dos planteis, está cota a R$ 60, o que, na avaliação dele, seria o dobro do esperado para esta época. Além disso, a indústria tem sido pressionada por outros componentes de custo, como energia, combustíveis e mão de obra.

“Já houve repasse de custos e o câmbio acima de R$ 3,50 auxilia no equilíbrio das contas. Uma queda acentuada do dólar, entretanto, agravaria ainda mais a necessidade de reposicionamento nos preços internacionais em curso.  Esta elevação não acontece rapidamente, e pioraria a situação de várias empresas que já estão no vermelho”, argumenta.

De acordo com o Banco Central, analistas do mercado financeiroprojetam uma taxa de câmbio de R$ 3,67 até o fim deste ano. A estimativa vem sendo revisada para baixo, indica o relatório Focus, boletim semanal divulgado pela autoridade monetária. Na semana passada, estava em R$ 3,70 e há um mês, em R$ 3,80.

Nesta terça-feira (24/5), por volta de 9h45, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 3,55 para a compra e R$ 3,56 para a venda, queda de 0,61%.