Publicado em 13/04/2017 18h01

OPA da Syngenta expira no dia 4 de maio, informa ChemChina

A empresa recebeu sinal verde do Ministério do Comércio da República Popular da China (MOFCOM) no processo de compra pela estatal chinesa
Por: Estadão Conteúdo

A ChemChina anunciou nesta quinta-feira (13/4) que a oferta pública de aquisição (OPA) de ações e ADSs da Syngenta expiram em 4 de maio de 2017. A informação foi divulgada por nota da Syngenta, cujo conselho de administração recomendou por unanimidade a adesão à OPA.

Na quarta-feira (12/4), a empresa recebeu sinal verde do Ministério do Comércio da República Popular da China (MOFCOM) no processo de compra pela estatal chinesa ChemChina. O grupo reforçou, com isso, sua estimativa de concluir a transação ainda no segundo trimestre deste ano.
A Syngenta recebeu nas últimas duas semanas a aprovação de vários órgãos reguladores. Na segunda, a Comissão Federal de Concorrência no México (Cofece) aprovou a fusão. Na semana passada, a Comissão Europeia também autorizou a negociação, juntamente com um órgão antitruste dos Estados Unidos. Os dois últimos reguladores, entretanto, exigiram que as empresas alienem parte de seus negócios para evitar impacto negativo na concorrência global.

As companhias ofereceram alienar uma parte significativa do setor de defensivos da ChemChina, produzido pela Adama Agricultural Solution, subsidiária da estatal em Israel. A empresa também se comprometeu a vender uma boa parte das operações de fitormônio para cereais da Adama em diversos países da Europa.

A estatal concordou, além disso, em se desfazer de 29 dos defensivos da Adama em desenvolvimento, além de fornecer acesso aos estudos e resultados de ensaios de campo para os produtos. Da Syngenta, vão ser vendidas algumas das operações de fungicidas e herbicidas da empresa, disse a União Europeia.

A estatal chinesa do setor de agroquímicos fez, no ano passado, uma oferta de US$ 43 bilhões para comprar a companhia suíça, que é responsável por cerca de 10% das sementes de soja vendidas nos Estados Unidos e por 20% dos defensivos agrícolas comercializados no mundo.