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Publicado em 10/10/2017 17h12

Conab prevê redução de 8% a 10,2% na produção de soja em MS na próxima safra

Mesmo com aumento de área, elevação do custo de produção deve provocar redução do investimento do produtor.
Por: Anderson Viegas | G1 MS

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A produção de soja em Mato Grosso do Sul no ciclo 2017/2018 deve sofrer uma redução de 8% a 10,2% frente a da temporada 2016/2017, caindo dos 8,575 milhões de toneladas para um patamar entre 7,893 milhões de toneladas e 7,703 milhões de toneladas. A projeção é do primeiro levantamento de safra divulgado nesta terça-feira (10), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A Conab aponta que existe uma tendência de aumento da área plantada de 1,5% a 4%, em relação ao ciclo anterior, passando de 2,522 milhões de hectares, para algo entre 2,560 milhões de hectares e 2,623 milhões de hectares. Entretanto, aponta que nem mesmo isso, impede que um conjunto de fatores sinalize para a projeção de encolhimento da produção.

Entre eles estão, os preços baixos pagos pelo grão e o grande volume de produto ainda por comercializar da safra anterior, estimado em 2 milhões de toneladas, o que tem desestimulado os produtores.

A companhia aponta que com o atual patamar de remuneração da cultura, os produtores estão enfrentando dificuldades para fechar o custo de produção, e se prevê uma redução do pacote tecnológico, principalmente nas áreas que operam com custos mais elevados. “Uma tendência observada é o da redução dos insumos comprados com antecedência nas operações de troca”, destaca.

Esses fatores, segundo a Conab, convergem para uma expectativa de redução da produtividade em relação à safra anterior, devendo chegar a 3.009 quilos por hectare. Com o menor uso de insumos, a dependência climática para uma boa produção estadual será ainda maior nessa safra, avalia.

Neste início de ciclo, a companhia destaca que a questão climática já tem preocupado os produtores, por conta da escassez de chuvas. A instituição aponta que em setembro, após o fim do vazio sanitário, quando o cultivo é proibido como medida para controlar a ferrugem asiática, que a semeadura foi pouco significativa, em razão da falta de umidade no solo.

A Conab aponta que os produtores têm a expectativa de melhoria no volume de precipitações neste mês de outubro e em novembro, quando se concentra o plantio.