Publicado em 18/10/2017 17h24

CPI no Mato Grosso do Sul informa que interrupção de atividades da JBS é 'instrumento de pressão'

Na terça (17), a JBS anunciou a paralisação, a partir do dia 18 de outubro, das atividades de suas sete unidades de carne de bovina no Estado
Por: Estadão Conteúdo

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"Essa paralisação é instrumento de pressão que em nada contribui para a solução das pendências que a empresa tem com o Estado de Mato Grosso do Sul" (Foto: Raphael Salomão/Ed.Globo)

A Comissão Parlamentar de Inquérito das Irregularidades Fiscais e Tributárias da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (CPI da JBS) divulgou comunicado nesta quarta-feira, 18, no qual informa que recebeu com "perplexidade" a decisão da JBS de paralisar suas atividades de compra e abate de gado bovino em Mato Grosso do Sul. "Essa paralisação é instrumento de pressão que em nada contribui para a solução das pendências que a empresa tem com o Estado de Mato Grosso do Sul", argumenta a comissão, no comunicado.

Na terça, a JBS anunciou a paralisação, a partir desta quarta, das atividades de suas sete unidades de carne de bovina no Estado. A companhia teve cerca de R$ 620 milhões bloqueados pela Justiça sul-mato-grossense.

"Ao invés de agir para colocar medo em produtores e em seus funcionários, a JBS deveria se dispor a dialogar com a CPI e a apresentar caminho para a solução consensual da questão, indicando forma de pagamento dos valores que deve ao Estado e garantias reais para assegurar o cumprimento dessas obrigações", expõe a CPI.

O comunicado esclarece, ainda, que a comissão está à disposição para, "perante o Poder Judiciário", reunir-se com a JBS para encontrar uma solução que assegure o efetivo ressarcimento do Estado, a preservação da atividade de abate de animais e os empregos dos trabalhadores.

Na nota divulgada na terça pela JBS, a empresa informou que os trabalhadores vão continuar recebendo seus salários até que a companhia tenha uma definição sobre o tema. "A JBS esclarece que está empenhando seus melhores esforços para a manutenção da normalidade das suas operações e trabalha para proteger seus 15 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos em Mato Grosso do Sul."