As cotações da soja em Chicago efetivamente reagiram mal ao relatório do USDA, divulgado em 09/11. Nesta semana, o bushel recuou bastante, chegando a bater em US$ 9,59 no dia 14/11, para o primeiro mês cotado. Posteriormente, a partir do 15/11, entrou o mês de janeiro/18 como referência e, juntamente com ajustes técnicos, elevou um pouco as cotações. Com isso, o fechamento desta quinta-feira (16) ficou em US$ 9,72/bushel.
Ao mesmo tempo, a firmeza do dólar, somada a forte queda nos preços internacionais do petróleo, ajudaram a puxar para baixo as cotações da soja e derivados durante a semana. Para complicar o quadro, os chineses embargaram dois navios devido a falta de certificados que garantissem a procedência das variedades de soja transgênica ali transportadas. A China adicionou, recentemente, novos protocolos para variedades de soja, como medida preventiva. Isso deixa o mercado mais tenso, pois a qualquer momento os chinese podem enviar de volta navios com o produto.
No Brasil, os preços se mantiveram em pequena alta, apoiados pelo câmbio que voltou a flertar com R$ 3,30 por dólar. Desta maneira, a média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 63,69/saco, enquanto os lotes giraram entre R$ 68,00 e R$ 68,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 58,00/saco em Sorriso (MT) e R$ 71,00/saco em Campos Novos (SC), passando por R$ 62,00 em Chapadão do Sul e São Gabriel (MS); R$ 64,00 em Goiatuba (GO), R$ 63,00 em Pedro Afonso (TO); e R$ 65,00 em Uruçuí (PI).
Neste sentido, até o dia 10/11 o plantio nacional de soja chegava a 56% da área esperada, contra 60% na média histórica para esta data. No Rio Grande do Sul o plantio atingia 28%, contra 25% na média; no Paraná 87% estava semeado, contra 81% na média; no Mato Grosso 79% plantado , contra 84%; Mato Grosso do Sul 94%, contra 85% na média; Goiás 40%, contra 67% na média; São Paulo 65%, contra 61% na média; Minas Gerais 30%, contra 41% na média; Bahia 17%, contra 15%; e Santa Catarina 47% semeado, contra 51% na média. Nota-se que Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina estão ainda com os maiores atrasos no plantio, porém, nesta última semana o mesmo registrou boa recuperação.