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Publicado em 02/02/2015 13h45

Variedades de mandioca de mesa são lançadas na Coopavel

Duas novas variedades de mandioca de mesa (aipim) serão lançadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Show Rural Coopavel, que vai acontecer de 2 a 6 de fevereiro em Cascavel (PR). A BRS 396 e a BRS 399 foram desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético de Mandioca da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF) e têm como principais características elevado potencial produtivo, precocidade, polpa de raízes de coloração amarela, reduzido tempo para cozimento, além de resistência à bacteriose e ao superalongamento.
Por: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical

mandiocas

Uma coleção de híbridos desse programa de melhoramento foi introduzida em 2010 nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) — que tem um campo avançado no Centro-Sul —, por meio de trabalho conjunto com a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) e a Embrapa Produtos e Mercado (Escritório de Negócios de Dourados). Após o processo de avaliação, que contou com a participação de diversas instituições parceiras, esses clones foram selecionados. Nas três safras em que foram avaliadas, a BRS 396 e a BRS 399 apresentaram produtividade de raízes superiores à cultivar padrão IAC 576-70 — aumento em média de 40% e 73%, respectivamente. Por terem a polpa amarela, as duas obtêm vantagem em relação à cultivar padrão, cuja polpa da raiz é creme, pois a coloração amarela tem a preferência do mercado de mandioca de mesa da região. Além disso, a coloração amarela está relacionada à presença de maior quantidade de betacaroteno (precursor da vitamina A).


Multiplicação de mudas de mandioca – projeto Reniva

Quem visitar a Coopavel também vai receber informações sobre o projeto Reniva ("Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária"), que tem por objetivo constituir uma rede de multiplicação e distribuição de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária tanto para pequenos agricultores familiares quanto para os grandes agricultores das principais regiões produtoras de mandioca em todo o país.

Trata-se de uma estratégia para promover efetivo ganho de qualidade e produtividade no sistema de produção da mandioca, ao promover maior sustentabilidade e competitividade para esta cultura e disponibilizar manivas (mudas) em quantidade suficiente e nos períodos de maiores demandas, em função das melhores épocas de plantio. A ideia nasceu a partir do trabalho da equipe de transferência de tecnologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura em uma iniciativa que visa preencher a importante lacuna relacionada à falta de material propagativo de mandioca para o sustento dessa atividade geradora de alimento e renda da agricultura familiar brasileira.


Variedades de banana

Certa de que o controle genético é o método mais eficiente e econômico para o convívio com doenças de plantas, a Embrapa desenvolve um programa de melhoramento genético de bananeiras resistentes às principais doenças da cultura. O público vai conhecer as vantagens de duas variedades geradas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura.

A BRS Princesa apresenta a maioria das suas características, tanto de desenvolvimento quanto de produtividade, semelhantes e/ou superiores à cultivar Maçã, de preferência nacional, mas em escassez no mercado devido a sua suscetibilidade ao mal-do-Panamá. A grande vantagem da BRS Princesa é, justamente, ser tolerante a essa doença, além de apresentar resistência à Sigatoka-amarela.

A outra variedade é a BRS Platina, resistente à Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá, e que apresenta porte médio e características tanto de desenvolvimento quanto de rendimento idênticas às da Prata-Anã. Em grande parte do mercado brasileiro, a Prata-Anã reina absoluta, contudo sua produção está ameaçada em função da elevada incidência do mal-do-Panamá. A BRS Platina foi desenvolvida para fazer frente a essa limitação fitossanitária.


Controle biológico do mandarová da mandioca

A Embrapa também vai expor a tecnologia que utiliza o Baculovirus Erinnyis para o controle biológico do mandarová da mandioca, inseto de ocorrência esporádica e elevada capacidade de consumo foliar, que pode causar completo desfolhamento e redução na produção, principalmente quando o ataque ocorre em plantas jovens, nos primeiros cinco meses após o plantio. O Baculovirus é um vírus de ocorrência natural, específico, que ataca somente lagartas do mandarová causando infecção generalizada nas larvas, levando-as à morte. O controle do mandarová utilizando esse vírus representa uma alternativa viável, econômica e segura, que pode causar mortalidade de até 100% das lagartas.

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