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Publicado em 31/01/2022 12h17

Desempenho do frango (vivo e abatido) na quarta semana de 2022

O frango abatido percorreu a quarta semana de janeiro (e de 2022) com debilidade ainda maior que a da semana anterior.
Por: Avisite

O frango abatido percorreu a quarta semana de janeiro (e de 2022) com debilidade ainda maior que a da semana anterior, pois seu preço continuou em retrocesso, somente se estabilizando no final do período. Mas o que chama a atenção é que essa estabilização se deu em valores que não eram registrados há pelo menos (pasme-se!) 500 dias, ou seja, desde meados de setembro de 2020. Assim, nesse espaço de tempo, enquanto a inflação oficial acumulou variação próxima de 15% e o custo de produção da ave viva ficou mais de um terço maior, o preço do frango abatido teve evolução igual a zero.

Sem dúvida desanimador, esse quadro apresenta perspectivas de reversão nas próximas semanas. É que, habitualmente (e salvo algumas exceções pontuais), os menores preços do ano são registrados no mês de janeiro. No ano passado foi assim e, agora, espera-se que isso se repita novamente.

Mais do que ansiada, a recuperação de preços é absolutamente necessária. Porque o setor vem operando com valores significativamente inferiores ao custo, que permanece em evolução. Não por menos, pois, já ocorre no País a distribuição gratuita de frangos. “Ajudar a população carente” tem sido o argumento. Mas o que ocorre, na verdade, é a impossibilidade financeira de manter uma produção altamente deficitária.

O mesmo quadro se aplica, integralmente, ao frango vivo que, no interior paulista, permaneceu nas três últimas semanas com o preço inalterado. Mas a cotação vigente continua sendo apenas aparente, pois – a não ser o que foi previamente programado – os negócios efetivados no mercado independente têm sido mínimos e, quando concretizados, submetem-se a descontos variáveis.

Mas o que ressalta, no momento (e o gráfico abaixo deixa bem visível), é o fato de o frango abatido apresentar diferença de preço mínima em relação ao frango vivo. Considerando-se que muitos abatedouros ainda remuneram a ave viva pela cotação vigente, conclui-se que o ganho do frango abatido não chega a 4%, situação observada apenas no primeiro lockdown imposto pela pandemia, ocasião (final de maio de 2020) em que a margem do frango abatido ficou negativa em relação à ave viva.