Publicado em 08/02/2022 12h10

USDA deve reduzir projeção de estoque para soja e milho, dizem analistas

De acordo com os especialistas, as estimativas de reservas de soja devem ser estimadas em 8,55 milhões de toneladas, ante as 9,53 milhões de toneladas previstas no último relatório.
Por: Estadão Conteúdo

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve reduzir na próxima quarta-feira (09/02), suas estimativas para estoques domésticos de soja e milho ao fim da temporada 2021/22. De acordo com analistas consultados pelo Wall Street Journal, as reservas de soja devem ser estimadas em 314 milhões de bushels (8,55 milhões de toneladas), em comparação a 350 milhões de bushels (9,53 milhões de toneladas) projetados no relatório de oferta e demanda de janeiro.

A projeção do USDA para os estoques de milho deve ser reduzida de 1,54 bilhão para 1,515 bilhão de bushels (39,12 milhões para 38,48 milhões de toneladas), segundo os analistas. Já a estimativa para as reservas de trigo deve ser aumentada levemente, passando de 628 milhões para 630 milhões de bushels (17,09 milhões para 17,15 milhões de toneladas).

Os analistas acreditam que o USDA vai cortar sua previsão para estoques mundiais de soja em 2021/22 de 95,2 milhões para 91,3 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a expectativa é de que as reservas globais sejam reduzidas de 303,1 milhões para 300,3 milhões de toneladas. A projeção para os estoques mundiais de trigo deve passar de 280 milhões para 280,4 milhões de toneladas, disseram os analistas.

Brasil e Argentina

O mercado também prevê cortes nas estimativas do USDA para as safras de soja e milho do Brasil e da Argentina. A produção de soja no Brasil deve ser reduzida de 139 milhões para 133 milhões de toneladas, segundo os analistas. Mesmo com o corte, a previsão ainda está acima das estimativas de algumas consultorias do Brasil, que esperam uma colheita abaixo de 130 milhões de toneladas. Para a Argentina, a projeção deve ser reduzida de 46,5 milhões para 44,2 milhões de toneladas.

Quanto ao milho, os analistas esperam que o USDA reduza sua estimativa para o Brasil de 115 milhões para 113 milhões de toneladas. Já a previsão para a Argentina deve ser cortada de 54 milhões para 52,1 milhões de toneladas.