Publicado em 05/01/2023 13h58

Brasil bate recorde de superavit comercial

As exportações cresceram 19,3% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 335,01 bilhões.
Por: Leonardo Gottems

Informações recentes dão conta de que o Brasil atingiu um novo recorde de superávit comercial em 2022, com um aumento de 1,5% em relação ao recorde anterior de US$ 61,4 bilhões em 2021. De acordo com Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, uma empresa especializada em comércio exterior, é importante que o novo governo faça um planejamento cuidadoso para continuar tendo sucesso no comércio exterior em 2023.

Foto: Divulgação/Claudio Neves

“Com o aumento recorde nas exportações e no superávit comercial em 2022, o Brasil está em uma posição favorável para continuar a crescer no comércio exterior em 2023. No entanto, é importante considerar os fatores que contribuíram para esse sucesso, como a valorização das commodities, e como eles podem mudar no futuro. Além disso, é necessário monitorar as relações comerciais com os principais parceiros do Brasil e como qualquer mudança nessas relações pode afetar o comércio exterior”, afirmou.

As exportações cresceram 19,3% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 335,01 bilhões, enquanto as importações aumentaram 24,3%, atingindo US$ 272,697 bilhões. O setor agropecuário foi o que mais cresceu nas exportações, com um aumento de 36,1%, impulsionado principalmente pelo aumento de 31,5% nos preços de produtos básicos devido à guerra na Ucrânia. A indústria de transformação também teve um crescimento nas exportações, de 26,2%, graças ao aumento de 15,7% nos preços e de 9,8% nos volumes exportados.

Para Fábio, é crucial que os investimentos na agropecuária continuem para o país manter o crescimento no comércio internacional. “O setor do agronegócio e da indústria de transformação tiveram um crescimento significativo nas exportações em 2022, o que demonstra a força e a importância desses setores para a economia brasileira. Além do aumento nos preços de produtos básicos, também houve um aumento nos volumes embarcados e nos preços e volumes exportados, o que contribuiu para o crescimento desses setores”, conclui.