Publicado em 23/06/2023 18h38

El Niño deixa o setor do agronegócio em alerta

O Inverno se inicia nesta quarta-feira, e juntamente com ele tem previsões atípicas da à atuação do fenômeno El Nino.
Por: Yuri Ferraz

O inverno chegou ao Brasil nesta quarta-feira dia 21 de Junho, com grande influência do El Niño, um fenômeno climático, que no Brasil acaba causando o aumento de chuvas em algumas regiões do país e, em outras, acaba causando a estiagem. Esse tipo de efeito tem preocupado principalmente o setor do agronegócio. 

O fenômeno afeta principalmente os cultivos de cereais como trigo, cevada, aveia, triticale e centeio, que acabam sofrendo muito com o excesso de umidade, além de atrapalhar o plantio do açúcar, mas alguns produtos como soja e milho, as chuvas abundantes podem ser positivas para o cultivo.

Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, “Esse fenômeno meteorológico, acaba afetando diretamente as exportações do Brasil, pois somos um dos maiores exportadores de açúcar do mundo, o mercado previa cerca de 600 milhões de toneladas para essa temporada, mas com a chegada do El Niño, os números estão começando a ser revisados e acreditam que vai ficar muito abaixo do que se estimava-se.”

As chuvas do El Niño já estão preocupando alguns estados do Brasil, e agora os produtores do agronegócio, entram em alerta, isso porque a maiorias da produção vão precisar ser colhidas antes do tempo previsto. Atualmente eram esperadas um incremento de 8,7% na safra da cana-de-açúcar no ano de 2023/24, que permitiria uma elevação de 10,2% na produção do açúcar, o que iria subir para 37,2 milhões de toneladas, mas analistas já afirma que por conta do efeito causado desse fenômeno, a projeção é que reduza para 32,8 milhões de toneladas.

O Executivo ainda afirma que, “devido a menor produção, a Índia permitiu uma exportação de 6,1 milhões de toneladas para a temporada, mas o governo do país acredita que as exportações irão cair drasticamente por causa do El Niño, mas isso coloca o Brasil na frente, para bater o recorde de exportação.”