Publicado em 26/02/2024 09h42

Queda quase generalizada para a soja

Preços marcam quedas expressivas no Mato Grosso.
Por: Leonardo Gottems

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul a sexta-feira foi de quedas, com negócios seguindo sem movimentos, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “No estado, uma única indicação de comprador disponível no porto, na casa de R$ 119,00 sobre rodas entrega imediata e pagamento 25/03/2024. Os preços futuros atingiram a marca de R$ 120,00 sobre rodas no porto, para entrega maio e pagamento final de maio/24, marcando baixa de R$ 1,50/saca”, comenta.

Em Santa Catarina os preços marcam baixas expressivas acompanhando o mercado internacional. “No caso deste estado, vemos que os preços de semana passada estava na casa dos R$ 120,00, mas já perderam essa marca no fechamento dessa semana. Embora exista uma insistente volatilidade que não se deve a nada mais do que a tecnicalidades do mercado, a soja inexoravelmente perde seu valor, o produtor pagará para ver”, completa.

Paraná mantém preços em níveis baixos e comparáveis ao anteriormente observado no decorrer da semana. “De forma semelhante ao que se viu nos vizinhos, PR também não marcou negociações no dia de hoje, ao menos nada que o trader considerasse expressivo, volumes seguem saindo na medida da necessidade, mas os reportes são imprecisos de fonte a fonte e quase nunca chegam a 5.000 toneladas”, indica.

O Mato Grosso do Sul viu quedas de negócios. “No MS ainda se fala de produtores esperando R$ 127,00 a R$ 130,00, o que no momento é completamente fora de questão. Apesar disso, na medida em que aumentam as necessidades, produtores escoam pequenos volumes com o objetivo de se manter. Compradores indicavam entre R$ 102,00 e R$ 100,00 por saca FOB com retirada imediata e pagamento no fim de fevereiro, marcando manutenção, vendedores não se interessaram por valores inferioresaR$ 125,00”, informa.

Preços marcam quedas expressivas no Mato Grosso. “Mesmo diante das desvalorizações internacionais, outro aspecto que aperta o mercado são os fretes. Historicamente, temos esse período como um momento de menores preços, mas não a tal profundidade anteriormente, não há demanda para a nossa soja. Com essa dificuldades de originação, os fretes caem também”, conclui.