A persistente falta de chuvas no Rio Grande do Sul continua a afetar o mercado da soja, conforme dados da TF Agroeconômica. Os preços no porto atingem R$ 142,00 para entrega em novembro, com pagamento em 24 de janeiro. No interior do estado, os valores variam: R$ 137,00 em Cruz Alta (pagamento em 17/02), Passo Fundo (pagamento no fim de fevereiro) e Ijuí (pagamento em 17/02), e R$ 136,00 em Santa Rosa/São Luiz (pagamento no fim de fevereiro). Em Panambi, o preço de pedra se mantém em R$ 126,00 por saca para o produtor.
Em Santa Catarina, o estresse hídrico se manifesta de forma irregular, com áreas sofrendo com excesso de umidade e outras com seca severa, prejudicando a produção agrícola. No porto de São Francisco, os preços para entrega em fevereiro estão em R$ 134,20 (pagamento em 28/03) e para junho, R$ 141,00 (pagamento em 30/07).
No Paraná, os preços registram quedas significativas, refletindo a situação no campo. Para entregas no Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 135,16 para entrega em janeiro (pagamento em 28/02). Em Ponta Grossa, o preço spot da soja atingiu R$ 130,20 por saca CIF, mas a liquidez é baixa. Em Maringá, as indicações para o disponível chegaram a R$ 129,03 por saca FOB, sem negócios reportados.
No Mato Grosso do Sul, a preocupação é o clima, com a redução da umidade levando a um ciclo mais curto e produtividade inferior em algumas regiões. Em Dourados e Campo Grande, o preço spot da soja é de R$ 119,49, em Maracaju e Sidrolândia, R$ 121,58, e em Chapadão do Sul, R$ 127,55.
No Mato Grosso, a safra 24/25 enfrenta perdas na qualidade dos grãos devido à alta umidade, resultando em descontos. O atraso na colheita também compromete o plantio do milho. As estradas não pavimentadas estão em condições precárias, dificultando o transporte, e a falta de armazéns e a umidade elevada causam filas e aumentam os custos. Os preços variam entre R$ 114,13 em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso, e R$ 128,59 em Campo Verde.