A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 2,43 bilhões até a quarta semana de janeiro de 2025, uma queda de 49,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) mostram que as exportações caíram 1,2%, totalizando US$ 20,38 bilhões, enquanto as importações cresceram 13,3%, atingindo US$ 17,95 bilhões. A corrente de comércio, por sua vez, teve um aumento de 5,1%, alcançando US$ 38,33 bilhões.
O desempenho das exportações foi negativo em alguns setores, com destaque para a Agropecuária, que registrou queda de 9,5%, somando US$ 2,95 bilhões, e a Indústria Extrativa, com retração de 10,2%, totalizando US$ 5,68 bilhões. Em contrapartida, a Indústria de Transformação apresentou um crescimento de 6,2%, alcançando US$ 11,63 bilhões. A redução nas exportações foi impulsionada principalmente por quedas nas vendas de trigo, milho, soja, minério de ferro, cobre e petróleo bruto. Por outro lado, alguns produtos apresentaram crescimento, como café não torrado, algodão em bruto e fertilizantes brutos.
Em relação às importações, a Agropecuária teve um aumento de 29,2%, totalizando US$ 0,51 bilhões. A Indústria Extrativa registrou uma queda de 2,8%, com importações de US$ 0,91 bilhões, enquanto a Indústria de Transformação teve um crescimento de 13,8%, alcançando US$ 16,40 bilhões. Os principais produtos responsáveis pelo aumento nas importações incluem trigo, cacau e borracha natural. Na Indústria Extrativa, destacam-se os aumentos nas compras de petróleo e gás natural. A Indústria de Transformação teve crescimento nas importações de compostos organo-inorgânicos, motores e geradores elétricos.
Apesar do aumento geral nas importações, houve queda nas compras de alguns produtos, como pescado, tabaco e soja, na Agropecuária, e fertilizantes brutos e carvão, na Indústria Extrativa.