O Brasil obteve um importante avanço no mercado internacional de carne suína com a decisão da Coreia do Sul de isentar de tarifa uma cota de 10 mil toneladas de carne suína congelada importada do país. A medida, comunicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, exclui o corte "barriga" e elimina a cobrança de 25% que incidia sobre o valor total do produto.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou a decisão, que representa um marco para o setor. Atualmente, a Coreia do Sul ocupa a 16ª posição entre os principais destinos da carne suína brasileira, com 3,7 mil toneladas exportadas no primeiro trimestre deste ano.
Para Ricardo Santin, presidente da ABPA, o estabelecimento da cota isenta é um sinal importante para o aumento das exportações brasileiras de carne suína para a Coreia do Sul.
"O estabelecimento de uma cota isenta é um sinal importante para os avanços das exportações brasileiras de carne suína para a Coreia do Sul, conquistada pelo Ministério da Agricultura. Isto, especialmente em meio às negociações lideradas pelo Ministro Carlos Fávaro e seus secretários de Relações Internacionais e de Defesa Agropecuária, pelo reconhecimento do Paraná, Rio Grande do Sul e de outros estados brasileiros como livres de aftosa sem vacinação", afirmou Santin.
Apesar da abertura do mercado, Santa Catarina permanece como o único estado brasileiro autorizado a exportar carne suína para a Coreia do Sul. O estado detém o status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecido pelas autoridades sul-coreanas.
A conquista da isenção tarifária representa uma oportunidade para que outros estados brasileiros busquem o reconhecimento internacional de seus status sanitários, ampliando as possibilidades de exportação para o mercado coreano.
A Coreia do Sul é um importante importador de carne suína, com um consumo per capita de aproximadamente 29 quilos. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país importou 785 mil toneladas de carne suína em 2024, figurando como o quarto maior importador mundial do produto.
A medida pode abrir caminho para que outros estados brasileiros, como Paraná e Rio Grande do Sul, consigam a certificação de área livre de aftosa sem vacinação e, assim, possam exportar para a Coreia do Sul.
