A balança comercial brasileira apresentou um desempenho positivo nas exportações durante a quarta semana de maio, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) no dia 26 de maio de 2025. O setor agropecuário, juntamente com a indústria extrativa e a indústria de transformação, contribuiu para o aumento do volume total de vendas externas do país.
De acordo com o balanço parcial da Secex/MDIC, o setor agropecuário registrou um crescimento de 4,1% nas exportações, totalizando US$ 5,94 bilhões. Este desempenho reflete a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional e a demanda por produtos como café, especiarias e animais vivos.
A indústria extrativa também apresentou um resultado positivo, com alta de 2,0% nas exportações, alcançando US$ 6,02 bilhões. Já a indústria de transformação obteve um avanço de 6,5%, com US$ 12,02 bilhões exportados. "O desempenho combinado dos setores impulsionou o aumento do total das exportações no mês", informou a Secex em seu relatório.
Entre os produtos agropecuários que se destacaram nas exportações, os maiores crescimentos foram observados em animais vivos, com um aumento expressivo de 113,9%. O café não torrado também apresentou um bom desempenho, com alta de 40,2%. As especiarias registraram um aumento ainda maior, de 170,1%.
Outros produtos do setor extrativo que contribuíram para o crescimento das exportações foram os minérios de cobre (26,9%), o alumínio (101,7%) e os óleos brutos de petróleo (1,7%). Na indústria de transformação, os principais destaques foram a carne bovina (23,7%), a celulose (20,3%) e os veículos automóveis de passageiros (89,4%).
Apesar do bom desempenho geral do setor agropecuário, alguns produtos registraram queda nas exportações. O arroz com casca apresentou um recuo significativo de 99,9%. O milho não moído também teve uma queda expressiva de 78,2%. O algodão em bruto registrou uma retração de 25,7%.
No setor extrativo, as exportações de fertilizantes brutos (-90,3%) e minérios de metais preciosos (-87,0%) também apresentaram quedas acentuadas. Na indústria de transformação, os embarques de açúcar e melaço (-33,6%), óleos combustíveis (-32,1%) e aeronaves e partes (-36,1%) também tiveram retração.
Em relação às importações, o relatório da Secex/MDIC mostra um desempenho desigual entre os setores. A agropecuária teve uma queda de 5,4%, somando US$ 360 milhões. A indústria extrativa recuou 40,7%, totalizando US$ 810 milhões. Já a indústria de transformação registrou um aumento de 10,1%, com US$ 16,32 bilhões em compras externas. "A elevação das importações foi puxada, principalmente, pela indústria de transformação", destacou a Secex.
Entre os produtos mais importados pelo setor agropecuário, destacaram-se a cevada (113,3%), o milho (61,5%) e a borracha natural (61,7%). A indústria extrativa registrou aumento nas importações de minérios de alumínio (20,1%) e outros minerais brutos (3,8%). Na indústria de transformação, cresceram as importações de compostos químicos (30,9%), fertilizantes (26,4%) e peças automotivas (23,3%).
Apesar do aumento nas importações de alguns produtos, outros registraram queda. Na agropecuária, as importações de soja (-45,1%), pescado (-13,3%) e hortaliças (-28,5%) apresentaram recuo. No setor extrativo, as compras de gás natural (-66,7%), carvão (-32,6%) e petróleo bruto (-34,0%) diminuíram. Já na indústria de transformação, houve redução nas importações de óleos combustíveis (-11,3%) e equipamentos industriais (-98,6%).